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Ainda estou aqui e cinematerapia
🔓 Farmacêuticos e medicamentos tarjados;🍵 Vai faltar matcha por aí?🧠 Antidepressivos e demência;🌪 Tour pelas healthlines: Papa, surto de sarampo, Einstein e mais.

o dia seguinte
🎭 Bom dia! Ótima quarta. Se no carnaval tudo vale, que tal incluir nessa lista se hidratar, usar protetor solar e descansar? Porque, no fim das contas, a melhor fantasia é acordar no dia seguinte sem ressaca física ou emocional!
Destaques da 440º edição (além do título de hoje)
🔓 Farmacêuticos e medicamentos tarjados;
🍵 Vai faltar matcha por aí?
🧠 Antidepressivos e demência;
🌪 Tour pelas healthlines: Papa, surto de sarampo, Einstein e mais.
Preparar, apontar: as notícias de hoje devem ser lidas em aproximadamente 8,14 minutos (1.194 palavras).
Terça-feira, 04/02/2025
🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!
A GRANDE HISTÓRIA
Farmacêuticos liberados para prescreverem medicamentos tarjados

Uma nova resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) autoriza os farmacêuticos a prescreverem medicamentos tarjados. A medida, no entanto, gerou uma onda de críticas.
Lado A: médicos
O CRM-PR argumenta que a prescrição desses remédios exige um conhecimento profundo sobre doenças, sintomas e tratamentos, algo que, segundo eles, é uma atribuição exclusiva dos médicos.
O conselho alerta para o risco de prescrições equivocadas, que poderiam colocar a segurança dos pacientes em perigo. Além disso, eles afirmam que a mudança pode banalizar a prática médica e dificultar o controle das autoridades sanitárias.
Lado B: farmacêuticos
Por outro lado, a resolução do CFF amplia o papel dos farmacêuticos, que já são especialistas em medicamentos e podem oferecer um acesso mais rápido a tratamentos necessários.
A discussão, no entanto, ainda está quente: de um lado, a preocupação com a segurança dos pacientes; do outro, a busca por mais agilidade no acesso a medicamentos.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: |
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MERCADO
O boom global do matcha
🍵 Se você acha que o matcha está em todo lugar, não é impressão sua. A bebida à base de chá verde em pó, conhecida por seus benefícios à saúde e pelo efeito energizante, virou febre global. O problema? A demanda cresceu tanto que os produtores não estão conseguindo acompanhar.
🇯🇵 O Japão, maior produtor de matcha do mundo, quase triplicou sua produção entre 2010 e 2023. Só que, nos últimos cinco anos, o cenário mudou: mais da metade do matcha japonês agora é exportado.
🇺🇸 Nos EUA, as vendas de matcha ultrapassaram US$ 10 bilhões nos últimos 25 anos. E a tendência não dá sinais de desaceleração.
Grande parte desse crescimento pode ser atribuída às redes sociais. No TikTok, por exemplo, mais de 1,7 milhão de postagens são dedicadas ao chá e suas variações de preparo.
A crise da oferta
Produzir matcha não é fácil. O chá é colhido em uma janela curta de tempo e requer um processo minucioso de moagem. Além disso, o número de produtores vem diminuindo, dificultando ainda mais a produção em larga escala.
📉 O resultado? Escassez e preços mais altos. Algumas empresas já estão limitando a compra de produtos à base de matcha, enquanto cafeterias e mercados enfrentam estoques baixos.
O futuro do matcha. A fornecedora japonesa Kametani espera que os pedidos de matcha aumentem entre 20% e 30% este ano. Com a produção no limite, essa desconexão entre oferta e demanda pode ficar ainda pior.
CIÊNCIA
Filmes como ‘’Ainda Estou Aqui’’ podem ajudar a superar traumas
O que um filme como “Ainda Estou Aqui” (Ganhador do Oscars 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional 🇧🇷) tem a ver com saúde? Mais do que se imagina. A história real de Eunice Paiva – e de tantas famílias que sofreram com a ditadura – não é apenas um registro histórico. Ela é também uma ferramenta poderosa para entendermos como a arte pode ajudar a processar traumas e aliviar sintomas de ansiedade e depressão.
🎬 O impacto da arte no cérebro
Quando assistimos a um filme emocionante, nosso cérebro não apenas “vê” a história. Ele a sente.
A empatia gerada por personagens reais ativa o córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio e pela tomada de decisões.
O envolvimento emocional libera ocitocina — o hormônio do vínculo e da conexão.
A catarse — aquela sensação de “desabafo” ao ver algo profundamente tocante – pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Resultado? Um impacto terapêutico real.
Filmes podem ser terapia?
O conceito de cinematerapia não é novo. Psicólogos e psiquiatras já utilizam filmes e narrativas como forma de ajudar pacientes a processarem emoções difíceis. No caso de histórias como a de “Ainda Estou Aqui”, o impacto pode ser ainda maior:
Para quem viveu a ditadura: o filme pode funcionar como um espelho, validando memórias e experiências.
Para as novas gerações: ajuda a criar empatia e conexão com o passado, ampliando o entendimento sobre traumas coletivos.
Para vítimas de luto ou perdas: histórias de resiliência podem servir como inspiração e até modelo de enfrentamento.
Estudos mostram que a exposição à arte pode reduzir sintomas de depressão e até melhorar a cognição em pacientes com Alzheimer.
Então, se um dia te disserem que “é só um filme”, já sabe: histórias também são remédios. E talvez, sem perceber, você já tenha encontrado um pouco de cura na tela do cinema.
TOUR DE HEALTHLINES
📈 Papa Francisco tem dois episódios de insuficiência respiratória aguda, diz Vaticano. De acordo com boletim, crises foram causadas pelo acúmulo de muco, que foi aspirado em ambas as ocasiões.
📊 Censo na medicina. Mais de 75% das pessoas formadas em medicina são brancas no Brasil.
🦠 Surto de sarampo na América. Os EUA registraram sua primeira morte por sarampo em uma década esta semana, enquanto o maior surto da doença no Texas em 30 anos se espalhava.
🇧🇷 Do Ceará para os Emirados Árabes Unidos. Aluna cearense tem projeto de saúde premiado e vai para feira de ciências Emirados Árabes Unidos.
🏆 The World's Best Hospitals 2025. Hospital Albert Einstein é o 22º melhor do mundo em ranking da revista Newsweek; outros 6 brasileiros estão na lista
CIÊNCIA
Os antidepressivos aceleram o declínio cognitivo na demência

(Reprodução: Joan Wong)
para evitar rejeições.
Antidepressivos podem acelerar o declínio cognitivo em pacientes com demência? Um estudo recente publicado na BMC Medicine levantou essa dúvida ao analisar o impacto dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRIs) e outros antidepressivos na progressão da doença.
O que o estudo descobriu?
Pesquisadores analisaram dados de 18.740 pacientes recém-diagnosticados com demência e encontraram um declínio cognitivo ligeiramente mais rápido entre aqueles que usavam antidepressivos.
Pesquisadores analisaram dados de 18.740 pacientes recém-diagnosticados com demência e encontraram um declínio cognitivo ligeiramente mais rápido entre aqueles que usavam antidepressivos.
Os números:
Pacientes que usavam antidepressivos tiveram uma queda média de 0,30 pontos por ano no Mini-Mental State Examination (MMSE).
Entre os SSRIs, o declínio foi de 0,25 pontos com sertralina, 0,41 com citalopram e 0,76 com escitalopram.
A mirtazapina, um antidepressivo tetracíclico, apresentou o menor impacto: 0,19 pontos por ano.
Mas calma lá…
Antes de qualquer pânico, é importante entender algumas limitações do estudo. Vejamos o que pode estar por trás desses resultados:
A depressão pode ser a real culpada. A doença já é um fator conhecido no declínio cognitivo, então o problema pode não estar nos medicamentos, e sim na condição tratada.
Pacientes com demência mais grave tendem a receber mais antidepressivos. Isso pode ter distorcido os dados, um fenômeno chamado de “viés de canalização”.
Nem todas as demências reagem da mesma forma. Pacientes com demência frontotemporal não apresentaram piora cognitiva com o uso dos medicamentos.
O tratamento da demência é complexo e deve ser individualizado. Mais estudos são necessários, mas, por enquanto, o melhor caminho continua sendo um acompanhamento cuidadoso e baseado em evidências.

Se a edição de hoje fosse um caso clínico, seria digna de publicação?Aproveite para mandar o seu feedback (não economize palavras)! |
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