☕️ Ótima quarta! Criticar os outros é algo muito perigoso, nem tanto pelos erros que você pode cometer ao criticar, mas pelo fato de você poder estar revelando algumas verdades a seu respeito. Boa leitura. 

Destaques da 421º edição (além do título de hoje):;

🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

Reino Unido abre primeiro centro para consumo seguro de drogas injetáveis 

Saiu do papel. Depois de anos de debate, o Reino Unido inaugurou seu primeiro centro legal para consumo supervisionado de drogas injetáveis, em Glasgow, na Escócia. O nome? Thistle.

Não pense que é só chegar e usar

A ideia é reduzir danos, com foco total na saúde e segurança dos usuários. Lá, quem enfrenta a dependência pode usar suas próprias drogas em um ambiente limpo, com seringas esterilizadas e sob supervisão de profissionais de saúde — tudo isso para minimizar riscos de overdose e transmissão de doenças.

O diferencial? Empatia e acolhimento. Nada de clima hospitalar ou termos complicados: as salas têm nomes amigáveis, como “sala de bate-papo”, e há até áreas de descanso com livros e jogos. 

Por que isso importa?

A Escócia amarga o maior índice de mortes por drogas per capita da Europa. São três vidas perdidas por overdose todos os dias. Além disso, o número de bebês nascendo com dependência química está subindo.

Com o mundo de olho em Glasgow, será que Thistle pode ser a prova de que uma abordagem humana e pragmática é o caminho para enfrentar a crise das drogas?

 O IMC está com os dias contados?

Será que o velho IMC está com os dias contados?  A Comissão global sobre Obesidade Clínica publicou um artigo da The Lancet Diabetes & Endocrinology questionando o uso do IMC como único critério para diagnosticar obesidade. E, olha, o rebuliço no universo fitness foi instantâneo.

Por que o IMC está na mira?

O Índice de Massa Corporal é simples e amplamente usado, mas tem seus limites. Ele não considera a distribuição de gordura no corpo, nem fatores como saúde metabólica ou composição corporal.

• Já pensou? Você pode ser um crossfitter trincado com IMC alto ou ter IMC "normal" e estar cheio de gordura visceral. Ou seja, o número sozinho não conta toda a história.

O que estão propondo?

A ideia é usar o IMC como um primeiro sinal — como um termômetro populacional. Para diagnósticos individuais, seria preciso ir além com uma abordagem mais detalhada, incluindo:

• Circunferência da cintura;

• Proporções cintura-quadril ou cintura-altura;

• Exames mais avançados: como DEXA para medir a gordura corporal.

• Avaliação clínica personalizada: levando em conta histórico, genética e estilo de vida.

E tem mais: a Comissão sugere criar duas novas categorias:

• Obesidade pré-clínica: excesso de peso sem sintomas evidentes.

• Obesidade clínica: quando o peso extra já está causando problemas, como diabetes ou hipertensão.

O impacto dessa mudança

Se a ideia pegar, o diagnóstico de obesidade pode ser totalmente transformado, focando menos em números e mais no bem-estar e prevenção individualizados. Não basta só subir na balança – o contexto importa (e muito!).

Mais um caso de procedimentos estéticos desastrosos 

Uma clínica de estética famosa em Goiânia está no olho do furacão após pacientes denunciarem resultados assustadores de procedimentos estéticos. Os donos, Karine Gouveia e Paulo Cesar Dias Gonçalves, foram presos, acusados de lesão corporal e práticas altamente duvidosas.

Avalanche de denúncias.

Mais de 60 pessoas reclamaram de cirurgias malsucedidas, e não é só gente de Goiás — tem vítimas de outros estados e do exterior.

O que deu ruim?

• Cirurgias complexas sem estrutura adequada, como rinoplastias e lipoaspirações, feitas sem anestesista e sem exames prévios.

• Profissionais despreparados realizando procedimentos invasivos e aplicando substâncias proibidas.

• Influenciadores pagos para promover a clínica, atraindo vítimas desavisadas.

E o pior: quando os pacientes reclamavam, em vez de resolverem a situação, ofereciam “cirurgias corretivas”, que davam mais problema ainda.

A Polícia Civil está trabalhando pesado para punir os culpados e reparar os danos causados. Mas a lição aqui é clara: na hora de cuidar da beleza, pesquise bem, escolha profissionais capacitados e desconfie de ofertas milagrosas.

A maior fusão de biotecnologia desde 2023

Um dos maiores players do mercado farmacêutico, a Johnson & Johnson, acaba de anunciar um acordo bilionário para adquirir a Intra-Cellular Therapies, empresa de biotecnologia focada em tratamentos para doenças mentais. A bagatela? US$ 14,6 bilhões em dinheiro, o que equivale a US$ 132 por ação. 

E por que essa compra é tão importante?

• Mercado da saúde mental em alta: A J&J está de olho no crescimento exponencial desse setor, que enfrenta uma demanda crescente por novas terapias.

• Intra-Cellular é a bola da vez: A empresa já possui um medicamento aprovado para transtorno bipolar, o Caplyta, e está desenvolvendo um novo tratamento para depressão, que está em fase avançada de testes.

• JPM Healthcare Conference bombando: O anúncio do acordo, feito logo antes do início da conferência, já causou um rebuliço no mercado. A expectativa é que mais fusões e aquisições sejam anunciadas nos próximos dias.

Números que impressionam:

• A compra da Intra-Cellular é a maior fusão no setor de biotecnologia desde 2023, quase triplicando o valor do recorde anterior.

• A J&J pagou um prêmio de cerca de 60% sobre o valor das ações da Intra-Cellular antes do anúncio.

O que esperar dessa união?

A J&J, com sua vasta experiência e recursos, poderá impulsionar o desenvolvimento e a comercialização dos medicamentos da Intra-Cellular, levando novas terapias para milhões de pessoas que sofrem com doenças mentais.

Mas nem tudo são flores...

Alguns analistas questionam o alto valor pago pela J&J, considerando que o Caplyta ainda enfrenta a concorrência de outros medicamentos no mercado.

De qualquer forma, a compra da Intra-Cellular pela J&J é um sinal claro de que o mercado da saúde mental está em ebulição. E a gente fica aqui na torcida para que essa união traga resultados positivos para os pacientes que tanto precisam de novas opções de tratamento.

📈 Existe risco de uma nova pandemia? Saiba mais sobre o surto de doença viral que tem preocupado a China. 

📈 Crise dos microplásticos. Objetos do dia a dia podem estar colocando a humanidade em risco. Um estudo recente mostra que produtos químicos presentes em plásticos comuns estão ligados a milhões de mortes e casos de doenças cardíacas.

📉 Tumor acidental. Em um caso raro e surpreendente, um cirurgião transplantou acidentalmente um tumor para sua própria mão.

📉 Ozempic para os cariocas? Paes reforça promessa polêmica em posse. Ele quer distribuir um genérico do Ozempic pela rede pública de saúde.  

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