Zynfluencers

📈 Ele tem mil filhos; 🚬 Legalizar o vape funciona? 🧠 Um estudo sobre sexo e gênero;

Sem medo!

☕️ Bom dia! Você bloqueia seu sonho quando você permite que seu medo fique maior do que a sua fé. 

Destaques da 342º edição: 

  • 📈 Ele tem mil filhos; 

  • 🚬 Legalizar o vape funciona?

  • 🧠 Um estudo sobre sexo e gênero; 

🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

Países adotam vapes para reduzir uso do cigarro, mas funciona? 

(Reprodução: Ulet Ifansasti)

🚭 A utilização de vapes, ou cigarros eletrônicos, tem sido promovida em diversos países como uma estratégia para reduzir o uso do cigarro tradicional. Mas será que isso funciona? Bom, a comunidade científica ainda não alcançou um consenso sobre a eficácia e segurança dessa abordagem.

Governos de diferentes nações, incluindo o Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, têm incentivado  esse método. Essas políticas são baseadas na premissa de que os vapes podem ajudar os fumantes a abandonar o cigarro convencional, reduzindo os danos associados ao tabagismo.

🔎 Apesar do apoio governamental, a comunidade científica permanece dividida quanto ao intuito que têm. É fato que alguns estudos sugerem que os vapes são significativamente menos nocivos do que os cigarros tradicionais, uma vez que não envolvem a combustão do tabaco, processo que libera inúmeras substâncias tóxicas. Outros pesquisadores, porém, alertam para os potenciais riscos à saúde, incluindo a possibilidade de dependência de nicotina e o impacto desconhecido dos ingredientes dos líquidos utilizados nos vapes.

Já os estudos sobre a eficácia dos vapes na cessação do tabagismo apresentam resultados variados. Algumas pesquisas indicam que os vapes podem ser uma ferramenta eficaz para ajudar os fumantes a largar o cigarro, enquanto outras não encontram evidências suficientes para apoiar essa afirmação. Além disso, a falta de regulamentação uniforme e a variedade de produtos no mercado complicam a avaliação dos riscos e benefícios.

  • A OMS, têm uma posição mais cautelosa, e recomenda mais pesquisas antes de endossar o uso generalizado de vapes.

🌬️ Enquanto alguns países avançam com essas políticas, a comunidade científica continua a investigar seus impactos na saúde e eficácia na cessação do tabagismo.

Conheça os "Zynfluencers": as bolsas de nicotina sem fumaça

(Reprodução: Michael M Santiago/Getty Images)

💨 Ainda sobre fumaça: enquanto cientistas estudam a saúde do vape, os "Zynfluencers" promovem os sachês de nicotina sem fumaça e sem tabaco — que estão crescendo rapidamente na indústria do tabaco.

O hype da Zyn nas redes sociais e a subsequente atenção do governo lembram o boom dos cigarros eletrônicos entre adolescentes no final da década de 2010. Usuários destacam o buzz proporcionado pela Zyn, popular em universidades, com alguns dizendo que as bolsas melhoram o foco.

🤳O site da Zyn informa que seus produtos, em sabores como menta, cítrico e canela, são destinados a usuários de nicotina com mais de 21 anos. A Philip Morris International, controladora da Zyn, projeta enviar 520 milhões de latas de nicotina nos EUA em 2024, um aumento de 35%.

Lançada nos EUA em 2014, a Zyn teve sua popularidade impulsionada pelo TikTok, chamando a atenção do Congresso. Chuck Schumer pediu à FDA que investigasse a marca. Em junho, a Zyn interrompeu vendas on-line após intimação do Distrito de Columbia sobre a venda de tabaco saborizado.

🕵️ A FDA recebeu relatos de crianças usando sachês de nicotina em grandes quantidades, enviou advertências e tomou ações civis contra varejistas que vendiam Zyn a menores. A Zyn oferece aos fumantes uma alternativa ao cigarro, segundo o porta-voz Travis Parman.

🚬 A indústria do tabaco tem incentivo para atingir jovens. Produtos destinados a ajudar fumantes a parar podem atrair jovens quando disponíveis livremente, disseram especialistas. Mais de um milhão de adolescentes começaram a vaporizar de 2017 a 2019, segundo estudo da Pediatrics, devido à popularidade dos cigarros eletrônicos Juul.

Estudo busca entender diferenças entre sexo e gênero no cérebro infantil

(Reprodução: HighwayStarz)

Um novo estudo com quase 5.000 crianças de 9 e 10 anos sugere que sexo e gênero mapeiam diferentes partes do cérebro. A pesquisa fornece uma visão inicial de como sexo e gênero podem ter influências distintas no cérebro, semelhantes a outras experiências que moldam a estrutura cerebral.

Os pesquisadores definiram sexo como atribuído no nascimento, geralmente com base na genitália, enquanto gênero foi descrito como atitudes, sentimentos e comportamentos de um indivíduo, além de papéis socialmente construídos. O estudo usou dados da imagem do cérebro das crianças participantes do Adolescent Brain Cognitive Development (ABCD), o maior estudo de longo prazo sobre desenvolvimento cerebral infantil nos EUA.

♂️ Os resultados indicam que o sexo influenciou regiões do cérebro envolvidas no processamento visual, sensorial e controle motor, enquanto o gênero afetou redes sensoriais específicas e a função executiva, incluindo atenção, cognição social e processamento emocional.

Os autores do estudo, incluindo a Dra. Elvisha Dhamala e a Dra. Dani S. Bassett, enfatizam que tanto sexo quanto gênero são essenciais para a experiência humana e influenciam comportamento e saúde. E enfatizam que o estudo aponta a necessidade de considerar sexo e gênero separadamente em futuras pesquisas para melhor compreensão do cérebro.

🔎 O estudo não prevê com qual gênero uma pessoa pode se identificar ao longo do tempo e não determina como o ambiente influencia a função cerebral em termos de sexo ou gênero. Os pesquisadores esperam explorar como diferentes culturas afetam o desenvolvimento cerebral e a interação entre sexo e gênero ao longo da vida.

Essa compreensão de como o cérebro funciona em termos de sexo e gênero pode ajudar a desenvolver tratamentos mais eficazes para doenças relacionadas ao cérebro no mundo moderno. Por exemplo, o estudo observa que pessoas designadas como homens ao nascer têm maior probabilidade de serem diagnosticadas com transtornos de uso de substâncias e déficit de atenção.

Mil filhos: o polêmico doador de esperma que inspirou série da Netflix

Em 2017, Jonathan Jacob Meijer, um homem de 43 anos, teve seu nome amplamente divulgado quando um tribunal na Holanda ordenou que ele parasse de doar esperma a clínicas de fertilidade. Na época, ele já era pai de mais de 100 bebês apenas no país, onde a lei limita doações a até 25 crianças. Em 2023, o caso voltou aos holofotes após ser revelado que ele não estava cumprindo a ordem judicial, continuando a vender seu esperma e gerando filhos em várias partes do mundo.

🎦 Virou série. A história de Meijer, agora retratada em uma série documental na Netflix, revela a complexidade e as consequências de suas ações. Durante cerca de 17 anos, ele atuou tanto por meio de clínicas quanto de forma privada, lidando diretamente com as famílias. Depois de ser proibido de doar esperma na Holanda em 2017, ele passou a enviar seu material genético para outros países, até ser definitivamente impedido de continuar em 2023, quando uma mulher e uma fundação a apoiando entraram com uma ação civil contra ele.

  • “O Homem com Mil Filhos” estreou recentemente na Netflix, trazendo entrevistas com diversas mulheres que se sentiram enganadas por Meijer. 

Uma dessas mulheres, Natalie, descobriu através da imprensa que Meijer tinha centenas de filhos, muito mais do que ele havia informado na época da doação. Ela expressou sua preocupação com o risco de incesto entre as crianças, destacando que ele havia dito estar doando para apenas cinco famílias. 

Sobre as acusações. Apesar das acusações e da controvérsia, Meijer continua a defender suas ações. Em entrevista à BBC, ele negou as acusações e afirmou que muitas famílias que receberam seu esperma estão felizes. Ele criticou o documentário por focar nas famílias insatisfeitas e disse que a possibilidade de dois meio-irmãos se relacionarem é mínima devido à existência de testes de DNA. Meijer também indicou que pretende processar a Netflix por sua retratação no documentário.

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