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Síndrome da Autocervejaria
📈Ligação entre tatuagens e linfoma; 🍄 Uma revisão histórica sobre psicodélicos; 💸 Quanto custa a obesidade?

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☕️ Bom dia! Os sonhos são a melhor forma de termos uma direção na vida e um motivo para caminhar.
Destaques da 223º edição:
📈Ligação entre tatuagens e linfoma;
🍄 Uma revisão histórica sobre psicodélicos;
💸 Quanto custa a obesidade?

Quando o corpo vira uma fábrica de cerveja: a Síndrome da Autocervejaria

(Reprodução: María Medem)
Uma mulher de 50 anos em Toronto 🇨🇦 sofreu por dois anos com sintomas de embriaguez sem consumir álcool. Após várias visitas ao médico e ao pronto-socorro, ela foi diagnosticada com a rara Síndrome da Autocervejaria, onde bactérias e fungos no trato gastrointestinal transformam carboidratos em etanol. 🍺
🥴 A condição é extremamente rara, com apenas 20 casos diagnosticados desde 1974 na literatura médica inglesa. Níveis de álcool na mulher variavam entre 30 e 62 milimoles por litro, enquanto o normal é abaixo de 2. Estes níveis seriam potencialmente fatais para a maioria das pessoas, mas muitos pacientes com a síndrome conseguem funcionar normalmente.
A Síndrome da Autocervejaria ocorre quando certas espécies de bactérias e fungos superpovoam o microbioma intestinal, transformando o trato gastrointestinal em uma fábrica de álcool. A maioria dos casos é causada pelo crescimento excessivo dos fungos Saccharomyces e Candida. As infecções tratadas com antibióticos podem matar bactérias benéficas, permitindo que os fungos proliferem 🤯.
Para tratar a condição, pacientes são submetidos a fungicidas e uma dieta extremamente baixa em carboidratos. Probióticos também podem ajudar a reconstruir bactérias benéficas. A resistência antimicrobiana é uma preocupação, e exige que os tratamentos sejam cuidadosamente monitorados e ajustados.
🍻 A mulher de Toronto agora controla sua condição com uma dieta restrita após uma recaída. Apoio familiar e acompanhamento médico são cruciais para manejar essa síndrome rara e debilitante.
Estudo aponta para uma possível ligação entre tatuagens e linfoma

(Reprodução: Ina Jang)
Um estudo da Universidade de Lund, na Suécia, encontrou uma potencial ligação entre tatuagens e linfoma maligno, mas destaca a necessidade de mais pesquisas. A descoberta, publicada na revista eClinicalMedicine, envolveu quase 12 mil pessoas, comparando indivíduos diagnosticados com linfoma maligno entre 2007 e 2017 com um grupo controle sem câncer.
🔎A pesquisa. Os pesquisadores identificaram cerca de 3.000 casos de linfoma maligno e enviaram questionários em 2021 sobre fatores de risco e tatuagens.
Mesmo ajustando para fatores conhecidos como tabagismo e idade, o risco de linfoma maligno foi 21% maior entre os tatuados. No entanto, a associação não sugere uma ligação direta e precisa de mais investigação.
As especulações são que a inflamação de baixo grau causada por tatuagens pode estar relacionada ao câncer, mas admite que o quadro é complexo. Especialistas, do Instituto do Câncer Dana-Farber, consideram a conclusão exagerada pelo fato dos principais fatores de risco para linfomas não serem encontrados em tatuagens e que os dados sugerem ausência de uma associação forte.
O NYU Langone Health Perlmutter Cancer Center, questiona a falta de correlação entre o tamanho das tatuagens e o risco de linfoma, apontando para possíveis inconsistências no estudo. Eles também enfatizam que é prematuro alarmar-se com esses resultados iniciais, que necessitam de validação.
Já os autores do estudo sugerem que a tinta de tatuagem, contendo produtos químicos potencialmente cancerígenos como metais e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, pode ser um fator.
Estudos anteriores indicaram que partículas de tinta podem se acumular nos gânglios linfáticos, possivelmente causando problemas de saúde.
Apesar disso, infecções pós-tatuagem são raras e a FDA monitora a segurança das tintas.
Os planos futuros são de investigar se tatuagens estão associadas a outros tipos de câncer ou doenças inflamatórias, visto que existe uma dificuldade de interpretar esses tipos de pesquisa pelo público. Claramente, são necessárias pesquisas mais robustas e aprofundadas antes de tirar conclusões definitivas.
Mais uma revisão histórica mostra que o uso de psicodélicos como terapia ainda está longe de ser certo

(Reprodução: Natalie Peeples)
Os obstáculos para aprovação de terapias psicodélicas, como tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade e depressão maior, estão em evidência esta semana. Consultores federais de drogas nos EUA avaliarão uma aplicação pioneira que pode resultar na primeira aprovação de um tratamento psicodélico no país. 🧠
🥴 A condição é extremamente rara, com apenas 20 casos diagnosticados desde 1974 na literatura médica inglesa. Níveis de álcool na mulher variavam entre 30 e 62 milimoles por litro, enquanto o normal é abaixo de 2. Estes níveis seriam potencialmente fatais para a maioria das pessoas, mas muitos pacientes com a síndrome conseguem funcionar normalmente.
A Lykos Therapeutics busca a autorização para usar MDMA, também conhecido como ecstasy, no tratamento do TEPT. Estudos preliminares da empresa indicam uma "melhoria significativa" nos sintomas, mas a natureza alucinógena da droga levanta questões sobre sua segurança e eficácia a longo prazo. ⏳
🚨 A Food and Drug Administration (FDA) já expressou preocupações em 2016 sobre o possível viés nos ensaios clínicos da Lykos, uma vez que os efeitos notáveis do MDMA tornariam óbvio para os participantes que estavam recebendo a droga em vez de um placebo. Além disso, a FDA ressaltou a dificuldade em isolar os benefícios da droga dos efeitos da psicoterapia, que não é regulada pela agência.
Recentemente. Uma petição recente à FDA apontou mais deficiências e riscos de segurança na aplicação da Lykos, citando possíveis efeitos colaterais prejudiciais ao fígado e ao coração.
O Instituto de Revisão Clínica e Econômica também questionou a validade dos dados disponíveis, sugerindo que a má conduta poderia ter influenciado os resultados. No entanto, há uma pressão significativa para avançar com terapias psicodélicas, especialmente para veteranos que não respondem bem apenas à psicoterapia.
A FDA deve tomar uma decisão sobre a aprovação do tratamento até 11 de agosto. Além disso, outras terapias psicodélicas estão em andamento, como um tratamento com LSD para transtorno de ansiedade generalizada e estudos com psilocibina para cuidados paliativos, apontando para um futuro promissor e desafiador no campo das terapias psicodélicas 🍄.

Quanto custa a obesidade para o SUS?

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) destacou o crescente impacto da obesidade na saúde pública e na economia do Brasil. Utilizando simulações avançadas, os especialistas constataram que os custos diretos com tratamentos relacionadas à obesidade podem chegar a 1,8 bilhão de dólares internacionais de 2021 a 2030. 📊
Os custos vão além. Já os custos indiretos, como a perda de produtividade, são estimados em 20,1 bilhões de dólares no mesmo período 💸.
🚻 A pesquisa utilizou uma abordagem abrangente, considerando a faixa etária de 17 a 117 anos, e aplicou a modelagem de tabelas de vida multiestado para estimar os custos associados às doenças não transmissíveis decorrentes do excesso de peso.
O estudo analisou diferentes cenários, mostrando que medidas preventivas podem reduzir significativamente esses custos. Em 2019, a prevalência de excesso de peso entre adultos brasileiros era de 55,4%. Se ações eficazes forem adotadas para estabilizar a obesidade até 2030, isso pode resultar em uma economia de 40,8 milhões de dólares.
A importância do estudo. Além de revelar os desafios econômicos da obesidade, também sublinha a importância de políticas de prevenção e promoção da saúde para melhorar a qualidade de vida das brasileiras e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.
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