Rejeição como terapia

🇧🇷 Brasil descumpre lei dos 30 dias;📈 A nova tendência viral no TikTok;🌪 Bactérias carnívoras aumentam após furacão;

☕️ Bom dia! Nada voltará a ser como antes. Mas tudo pode ser melhor como nunca foi. 

Destaques da 385º edição: 

🇧🇷 Brasil descumpre lei dos 30 dias;

📈 A nova tendência viral no TikTok;

🌪 Bactérias carnívoras aumentam após furacão;

🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

Brasil descumpre lei dos 30 dias em casos de câncer de mama

(Reprodução: Mikyung Lee)

Em pleno século XXI, a promessa de um diagnóstico rápido de câncer de mama ainda é um desafio no Brasil. A história de Aline Garcia, que descobriu um nódulo no seio em julho de 2023, ilustra as falhas do sistema público de saúde. Apesar de seguir o protocolo à risca, Aline enfrentou meses de incertezas e atrasos até obter um diagnóstico conclusivo.

🇧🇷 A lei brasileira exige que todos os exames necessários para pacientes com suspeita de câncer sejam realizados em até 30 dias, mas a realidade é diferente. Entre 2020 e 2024, cerca de 87,4 mil mulheres fizeram exames fora do prazo legal, comprometendo o início do tratamento.

  • No caso de Aline, tanto o prazo para o diagnóstico quanto para o tratamento foram violados.

A situação é crítica em estados como Amazonas, onde 81% dos exames foram feitos além do prazo. Em contraste, o Rio Grande do Sul tem o melhor desempenho, com apenas 9% de exames fora do período estipulado. A falta de cumprimento da legislação não apenas atrasa o tratamento, mas também reduz as chances de cura, já que tumores são detectados em estágios mais avançados.

Especialistas apontam que a rede pública ainda lida melhor com casos iniciais, mas enfrenta dificuldades com tumores avançados que demandam tratamentos complexos. A demora no diagnóstico gera um impacto físico e emocional significativo nos pacientes, reforçando a urgência de medidas eficazes para acelerar o atendimento oncológico no país.

Casos de bactérias carnívoras aumentam após os furacões Helene e Milton

🌪️ Após a passagem devastadora dos furacões Helene e Milton, a Flórida está enfrentando um novo inimigo: o aumento significativo de casos de infecção por uma bactéria carnívora que se prolifera em águas costeiras quentes. O impacto foi mais forte nas regiões de Tampa Bay, especialmente nos condados de Hillsborough e Pinellas, que sofreram com chuvas intensas e enchentes. Esses eventos climáticos, além de sua destruição visível, trouxeram consigo um perigo invisível para a saúde pública.

Antes do furacão Helene atingir a costa em 26 de setembro, não havia casos registrados em Pinellas e apenas um em Hillsborough. No entanto, após as inundações, Pinellas contabilizou 13 casos confirmados, e Hillsborough, sete.

  • Ao todo, a Flórida passou de seis casos confirmados de Vibrio vulnificus em setembro para 24 ao final do mês, atingindo um total de 76 casos no ano, com 38 ocorrendo após os furacões.

🦠 Essa bactéria pode infectar humanos através da ingestão de frutos do mar mal cozidos ou pelo contato de feridas abertas com água contaminada. Indivíduos com sistema imunológico debilitado ou doenças hepáticas estão em maior risco. A infecção é perigosa, podendo levar à morte em 20% dos casos, muitas vezes em apenas um ou dois dias após o início dos sintomas.

📌 As recomendações do Departamento de Saúde da Flórida: evitar qualquer contato com águas de enchente e ainda reforçou a importância de cobrir feridas expostas com curativos à prova d'água. 

  • A situação não é inédita: após o furacão Ian, em 2022, o estado também registrou um pico de infecções. A atenção redobrada é essencial para minimizar os riscos de novas contaminações.

Rejeição como terapia: a nova tendência viral no TikTok 

Em um mundo onde a aceitação é tão valorizada, a rejeição tornou-se a protagonista de uma tendência crescente no TikTok: a terapia da rejeição. A prática, popularizada por figuras como Michelle Panning, consiste em pedir algo inesperado a estranhos, sabendo que a resposta provavelmente será um "não". O objetivo? Enfrentar o medo da rejeição e mostrar que ouvir um "não" pode não ser tão assustador quanto parece.

Inspirada por uma palestra TEDx de Jia Jiang, que documentou 100 dias enfrentando recusas, Panning decidiu realizar desafios diários durante 30 dias e compartilhar sua experiência nas redes sociais. Desde pedir para ser um manequim vivo em uma loja até solicitar um abraço a um desconhecido, suas interações a ajudaram a se sentir mais confiante ao final do mês. O que a surpreendeu foi quantas vezes os pedidos inusitados resultaram em um "sim".

👍 Segundo especialistas, essa prática pode ser benéfica para quem enfrenta níveis moderados de ansiedade. Dr. Taylor Wilmer, psicólogo especializado em terapia de exposição, destaca que essa abordagem pode ajudar a desmistificar o medo da rejeição e fortalecer a resiliência emocional.

  • No entanto, ele também alerta que é fundamental manter os desafios seguros e respeitosos, evitando situações desconfortáveis para ambas as partes envolvidas.

🎯 Para quem lida com níveis mais intensos de ansiedade, essa prática pode não ser a melhor opção. Obviamente, profissionais recomendam a busca de ajuda especializada antes de enfrentar esse tipo de exposição. No fim, a tendência mostra que, ao desafiar nossos limites, muitas vezes nos deparamos com surpresas positivas – e com a descoberta de que a rejeição não precisa ditar nossas escolhas.

Metformina pode reduzir COVID longo em população não diabética

Uma nova pesquisa revelou que a metformina, um medicamento tradicionalmente utilizado no tratamento do diabetes, pode ter um papel importante na redução dos casos de COVID longa. Dados apresentados na Semana de Doenças Infecciosas (IDWeek) de 2024 mostram que, quando prescrita logo após a infecção pelo SARS-CoV-2, a metformina reduziu em 53% o risco de desenvolver COVID longa ou morte em pacientes sem diabetes. 

🔄 Comparações. A pesquisa foi inovadora ao simular um ensaio clínico com base em dados de saúde eletrônicos de milhões de pessoas. O estudo comparou os resultados de quem recebeu metformina com um grupo que utilizou outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a COVID-19. Os participantes, que se infectaram principalmente com a variante Ômicron, mostraram uma queda considerável nos casos de COVID longa nos primeiros dias após o diagnóstico.

Estudos. O sucesso da metformina neste contexto não é completamente inesperado. Estudos anteriores já haviam sugerido que esse medicamento tem propriedades anti-inflamatórias e antivirais. Mesmo antes da pandemia, a metformina já havia demonstrado efeitos protetores em pacientes com diabetes que contraíram COVID-19. 

  • Agora, a novidade é que esses benefícios podem se estender também para pessoas sem diabetes, o que abre novas possibilidades para o combate.

🔮 Futuro. Com seu custo acessível e perfil de segurança bem estabelecido, a metformina pode se tornar uma ferramenta crucial. Especialistas acreditam que, a partir dos resultados deste estudo, mais ensaios clínicos serão necessários para confirmar a eficácia da droga.

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