Philip Morris

📝 Exame de proficiência para médicos; 🧠 Alzheimer; 🚫 Protestos contra a IA na saúde;

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☕️ Bom dia! Daqui a 20 anos você estará mais decepcionado pelas coisas que você não fez, do que pelas que fez. Então, jogue fora suas amarras, navegue para longe do porto seguro, pegue os ventos em suas velas. Explore, sonhe, descubra.

Destaques da 336º edição:

  • 📝 Exame de proficiência para médicos;

  • 🧠 Alzheimer;

  • 🚫 Protestos contra a IA na saúde;

Análises revelam estratégias da Philip Morris para expandir público dos cigarros eletrônicos

(Reprodução: Getty Images)

Recentemente, análises detalhadas revelaram as estratégias da Philip Morris para ampliar o mercado e o apoio aos cigarros eletrônicos, uma questão que impacta não apenas o setor de saúde pública, mas também o debate sobre regulação e consumo de tabaco. A Anvisa reiterou sua proibição da venda desses produtos no Brasil em abril deste ano, enquanto em outras partes do mundo, como Estados Unidos, Canadá e Japão, eles são comercializados com regulamentações específicas.

As estratégias. Um dos relatórios, conduzido pelo grupo global que monitora a indústria do tabaco (Stop), analisou um documento vazado da Philip Morris Japan (PMJ) datado de 2019. Este revelou planos detalhados da empresa para expandir rapidamente a adoção dos dispositivos eletrônicos, não apenas entre adultos fumantes, mas também entre jovens e até crianças em idade escolar. 

  • Além disso, a PMJ financiou secretamente pesquisas científicas para promover estudos favoráveis aos produtos de tabaco aquecido, alimentando ainda mais a controvérsia sobre a objetividade dessas pesquisas.

🗣️ Posicionamento. Em resposta às críticas, a Philip Morris defendeu os benefícios percebidos dos produtos de tabaco aquecido no Japão, citando uma significativa redução nas taxas de tabagismo de quase 20% em 2014 para 13% em 2019. 

Impacto global e preocupações locais. Enquanto isso, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em julho, alertou para o aumento preocupante do uso de cigarros eletrônicos entre jovens na Europa. No Brasil, dados recentes indicam um crescimento significativo no uso desses produtos entre jovens adultos

O relatório ainda enfatiza que, apesar de os cigarros eletrônicos exporem os usuários a menos substâncias nocivas do que os cigarros tradicionais, não há evidências de que reduzam o risco de doenças e mortes ligadas ao tabagismo comparado ao consumo convencional de cigarros.

Qual o futuro dos medicamentos para Alzheimer? 

(Reprodução: Dadu Shin)

A nova geração de medicamentos para Alzheimer, apesar de toda a atenção e polêmica, apresenta eficácia limitada e efeitos colaterais sérios, direcionando os pesquisadores a explorarem alternativas.

O donanemab, desenvolvido pela Eli Lilly, pode ser o terceiro anticorpo monoclonal anti-amilóide a obter aprovação da FDA nos últimos três anos. Esses medicamentos visam acumulações de proteínas no cérebro, associadas ao Alzheimer. Embora tenham causado impacto, a aceitação clínica tem sido lenta devido aos benefícios moderados, incentivando a busca por novas abordagens.

Um comitê da FDA votou unanimemente a favor do donanemab, destacando que seus benefícios superam os riscos, apesar de alguns pacientes em ensaios clínicos terem apresentado inchaço cerebral e outros efeitos adversos.

O Leqembi, da Biogen e Eisai, que foi aprovado há um ano, teve aceitação comercial lenta, embora suas vendas estejam crescendo agora. Os dados mostram que donanemab pode retardar o declínio cognitivo em cerca de um terço dos pacientes, o que pode gerar bilhões para a Eli Lilly, mas há ceticismo sobre a percepção dos efeitos pelos pacientes.

  • Em janeiro, havia 127 medicamentos sendo testados em 164 ensaios clínicos para Alzheimer. A maioria visa modificar a doença, e uma minoria foca na amiloide. Alternativas como a proteína tau, que pode ter um papel mais significativo no declínio cognitivo, estão recebendo atenção.

Estamos próximos do máximo benefício das terapias antiamiloide. A beta-amilóide é apenas um componente de uma doença complexa, e décadas de pesquisas e muitos testes fracassados levaram a resultados quase imperceptíveis.

Enfermeiros protestam contra a IA na saúde

(Reprodução: Wachiwit/Getty Images)

Parece um episódio de Black Mirror, mas não é. Os sindicatos de enfermagem dos EUA estão argumentando que as ferramentas de inteligência artificial não substituem o conhecimento humano e, por vezes, prejudicam os cuidados dos pacientes. 

Os enfermeiros temem que a IA desvalorize suas habilidades em meio a uma crise crônica de falta de profissionais no setor. O sindicato acusa os operadores de saúde de usar o hype da IA para implementar tecnologias incompletas e potencialmente prejudiciais aos pacientes

As associações destacam que o uso da IA está redesenhando a prestação de cuidados e usurpando habilidades decisórias. E afirmam também que o rastreamento em tempo real das atividades dos enfermeiros pode atrasar procedimentos urgentes

  • A pesquisa do NNU revelou que 40% dos enfermeiros não conseguem substituir previsões algorítmicas sobre resultados dos pacientes.

Muitas ferramentas de IA usadas na saúde não são regulamentadas, e a NNU critica a falta de testes dessas tecnologias — e deixam o alerta de que os enfermeiros não estão contra a tecnologia que facilita seu trabalho, mas sim de outras aplicações da IA podem se tornar um fardo.

Proposta de exame de proficiência para médicos é apresentada no Senado

(Reprodução: Joe Buglewicz)

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) apresentou recentemente o Projeto de Lei 2.294/2024, que propõe a exigência de um exame de proficiência para o exercício da medicina no Brasil. De acordo com o projeto, apenas os formados que passarem no exame poderão se inscrever no Conselho Regional de Medicina e, assim, exercer a profissão. 

  • A medida surge em resposta às reivindicações das entidades representativas do setor, que alertam para a proliferação desenfreada de cursos de medicina e a consequente queda na qualidade da formação oferecida por algumas instituições, muitas das quais não oferecem residência médica.

Detalhes.  A proposta sugere que o Exame Nacional de Proficiência em Medicina seja aplicado ao menos duas vezes por ano em todos os estados e no Distrito Federal. Marcos Pontes baseou a sua proposta em modelos já estabelecidos, como o exame da Ordem dos Advogados do Brasil e o do Conselho Federal de Contabilidade. 

O senador destacou que o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de cursos de medicina, ficando atrás apenas da Índia, e apontou que a falta de qualidade na formação dos médicos é uma preocupação crescente entre os profissionais da área.

Médicos sem residência? O projeto também critica a ausência de exigência de residência médica, considerando-a crucial para a formação completa dos médicos. Segundo o senador, muitos alunos, inclusive de instituições renomadas como a USP, estão optando por não fazer residência médica, o que aumenta o risco para a saúde pública.

📑 O exame. A proposta é avaliar as competências profissionais e éticas, conhecimentos teóricos e habilidades clínicas, garantindo que apenas os formados com a devida qualificação possam exercer a medicina. A regulamentação e coordenação do exame ficará a cargo do Conselho Federal de Medicina, enquanto a aplicação será responsabilidade dos Conselhos Regionais de Medicina. 

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