Pessoas feias vivem menos

🩺 As promessas para a saúde em SP; 🦍 Aprendendo com os gorilas que se automedicam; 📈 Uma droga criada por IA que promete...

☕️ Bom dia! Uma vez perguntaram a um homem sábio: o que é raiva? E o sábio deu uma resposta maravilhosa: ''a raiva é um castigo que damos a nós mesmos pelo erro de outra pessoa''. 

Destaques da 370º edição: 

🩺 As promessas para a saúde em SP; 

🦍 Aprendendo com os gorilas que se automedicam;

📈 Uma droga criada por IA que promete...

🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

Uma droga criada por inteligência artificial pode restaurar o sistema imunológico

(Reprodução: Santtu Mustonen)

Durante o evento ARDD 2024, Joshua McClure, CEO da Maxwell Biosciences, revelou uma inovação surpreendente: uma droga criada por inteligência artificial pode restaurar o sistema imunológico

A droga se baseia em um peptídeo natural chamado LL-37, que possui propriedades antibacterianas, antivirais e anti-inflamatórias.

🔬 Acontece que o LL-37 presente no corpo humano é instável, e se degrada facilmente. Utilizando inteligência artificial, os cientistas conseguiram estabilizar o peptídeo, substituindo o átomo de carbono por um de nitrogênio, contornando essa limitação.

A droga, ainda em fase de testes, está sendo desenvolvida como um spray nasal que, uma vez inalado, seria rapidamente absorvido pelo organismo e transportado até o intestino. Se bem-sucedido, esse peptídeo estabilizado pode ser uma arma poderosa contra bactérias, vírus e fungos.

  • A disbiose, ou desequilíbrio da microbiota, pode levar a uma série de problemas de saúde, como inflamação crônica e envelhecimento celular.

Essa combinação de tecnologia de ponta e biologia molecular pode transformar a maneira como tratamos o sistema imunológico e trazer mais longevidade para o mundo todo.

A falta de clareza e de soluções eficazes para a saúde pela prefeitura de São Paulo

O habitual (e errôneo) dos candidatos políticos sempre costumava ser: prometer demais e entregar pouco. Dessa vez, a situação está tão complicada que nem prometerem muito os candidatos à prefeitura de São Paulo estão fazendo. As atuais propostas para a saúde são genéricas e superficiais — e enquanto isso, os verdadeiros problemas do setor continuam à espera de uma abordagem eficaz.

Analisando as propostas de Ricardo Nunes (MDB), Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo), é evidente que, mesmo quando questões importantes são mencionadas, as soluções oferecidas são superficiais. 

Um exemplo disso são as filas para exames e cirurgias, que simplesmente todos os candidatos mencionam, mas sem abordar as causas profundas do problema. Parece que falam por falar… 

Sobre prevenção, Datena propõe ampliar os horários de atendimento nas UBS, enquanto Boulos sugere criar 16 novos centros de saúde. Tabata fala em usar tecnologia para gerenciar filas e promete que a prefeitura cobrirá os custos de exames que demorem mais de um mês para serem realizados. No entanto, essas propostas carecem de orçamentos claros e prazos de implementação.

As propostas de Ricardo Nunes incluem a modernização da infraestrutura e a expansão dos hospitais municipais, e Marçal promete investir em equipamentos de atendimento básico e implementar um sistema de prontuário único. Já Marina Helena sugere parcerias com o setor privado para reduzir o tempo de espera. Entretanto, nenhum dos candidatos especifica como essas mudanças serão financiadas ou quando serão implementadas.

Rudi Rocha critica a falta de priorização nos planos, afirmando que muitos candidatos parecem prometer resolver todos os problemas sem considerar limitações orçamentárias e de capacidade.

A atenção primária, essencial para a redução da mortalidade infantil e o controle de doenças crônicas, Tabata é a única a estabelecer uma meta clara propondo aumentar a cobertura da saúde da família para 75%, em comparação com os atuais 35%, segundo o Ieps.

A campanha de Nunes afirma que o plano de governo não é um plano de metas, mas uma visão para a gestão até 2028. Boulos, por sua vez, diz que as metas e o detalhamento das propostas estão em elaboração. A equipe de Tabata defende que sua proposta de pagamento por exames é viável, com um orçamento estimado de R$ 15 milhões por ano, enquanto a campanha de Datena estima o custo de extensão dos horários das UBS em R$ 600 milhões anuais.

No fim, o que parece é que os planos apresentados são mais expressões de vontade do que compromissos eleitorais sólidos.

Os gorilas se automedicam e isso pode guiar a medicina

(Reprodução: Getty Images)

Os gorilas ocidentais das terras baixas estão desafiando a medicina moderna. Cientistas no Gabão descobriram que os primatas, ao se automedicarem com plantas tropicais, estão guiando a medicina a novas fronteiras no desenvolvimento de medicamentos. 

Um estudo revelou que quatro das plantas por eles utilizadas têm propriedades medicinais significativas —  incluindo antioxidantes e antimicrobianos, com uma delas mostrando grande potencial contra superbactérias.

Inclusive, olha só essa notícia fresquinha sobre superbactérias: mais de 200 milhões de mortes serão ligadas a bactérias super-resistentes até 2050, aponta estudo.

🌿 Uma conexão entre natureza e medicina. A pesquisa identificou quatro árvores cujas cascas são usadas tanto pelos gorilas quanto pelos curandeiros locais. Entre elas estão a sumaúma, a nyankama, a teca africana e as figueiras — todas com substâncias químicas que mostram propriedades medicinais.

🧪 No laboratório. As análises laboratoriais mostraram que as cascas dessas árvores possuem atividade antibacteriana, principalmente contra cepas resistentes da bactéria E. coli. A Ceiba pentandra. Em particular, demonstrou uma eficácia notável contra todas as cepas testadas, revelando um potencial promissor para o desenvolvimento de novos antibióticos.

Pessoas feias vivem menos do que pessoas bonitas, segundo estudo

(Reprodução: Giphy)

Um estudo revelou que a forma como somos vistos pelos outros pode influenciar não só como somos tratados, mas também quanto tempo podemos viver. Pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona e da Universidade do Texas, em Austin, revelaram que pessoas consideradas menos atraentes têm uma expectativa de vida menor comparada àquelas vistas como mais bonitas. 

  • 📉 Seis categorias. Mais de 8.300 estudantes de Wisconsin foram acompanhados ao longo de décadas. Os pesquisadores utilizaram suas fotografias do anuário escolar (de 1957 a 2022) e as classificaram em seis categorias de atratividade. Aqueles que estavam nas categorias inferiores tinham uma taxa de mortalidade 16,8% maior do que os que estavam nas categorias intermediárias. 

A relação entre aparência e longevidade não é completamente compreendida. Mas o estudo sugere que pessoas mais atraentes frequentemente recebem um tratamento mais favorável em várias situações da vida, o que pode impactar indiretamente na saúde e longevidade. E também, não foram encontradas grandes diferenças na longevidade entre os grupos mais atraentes e os que estavam na média.

🚀 O futuro. Embora o estudo não prove que ser bonito prolonga diretamente a vida, ele destaca que a atratividade pode estar associada a fatores sociais e de saúde. No futuro, mudanças na percepção social da aparência podem alterar essas diferenças de longevidade, à medida que a sociedade evolui e as atitudes sobre beleza e saúde se transformam.

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