Operação jaleco branco

Operação mira médicos que fraudavam plantões e lucraram R$ 3 milhões

☕️ Bom dia! Quando você estiver se distraindo de novo, lembre-se de que você tem um sonho para realizar, não pessoas para impressionar. 

Destaques da 379º edição: 

📈 Congelamentos de óvulos crescendo no Brasil;

☀️ Clima extremo e escassez de medicamentos;

👴 A saúde dos baby boomers;

🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

Médicos que fraudavam plantões lucraram R$ 3 milhões

(Reprodução: Imagem editada por IA)

🚨 Nesta quinta-feira (3), a Polícia Federal e o Ministério Público do Amapá lançaram a operação Jaleco Fantasma, com o objetivo de investigar um grupo de médicos que estava lucrando alto fraudando plantões no Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima, em Macapá. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, e os sete médicos envolvidos estão na mira das autoridades.

🕵️ A investigação revelou que desde abril de 2022, os médicos estavam criando duas escalas de plantões: uma oficial, publicada no site da Secretaria de Saúde, e outra paralela, que ficava só entre eles. 

  • Com isso, eles "deveriam" trabalhar em até 24 plantões mensais, recebendo cerca de R$ 24 mil por mês. O detalhe? Muitos desses plantões nunca foram feitos!

💸 Enquanto o dinheiro caía na conta, os médicos estavam ocupados com outras coisas, como viagens internacionais. Ao todo, estima-se que o golpe tenha desviado R$ 3 milhões dos cofres públicos.

Durante as buscas, a PF apreendeu sete carros de luxo e encontrou R$ 75 mil em espécie, além de 4 mil euros na casa de um dos envolvidos. Agora, eles podem pegar até 25 anos de cadeia, além de perderem os cargos públicos.

Vale lembrar que a Secretaria de Saúde e o hospital ainda não se manifestaram sobre o caso.

DOBRADINHA DE BRASIL

Congelamento de Óvulos Ganha Popularidade no Brasil

Nos últimos anos, o congelamento de óvulos tem se tornado uma alternativa cada vez mais procurada pelas mulheres brasileiras que desejam adiar a maternidade. Embora o procedimento exista desde 1980, foi a partir de 2012 que ele passou a ser acessível também para mulheres sem problemas de fertilidade, permitindo que muitas pudessem planejar a gravidez em um momento mais conveniente, priorizando a estabilidade financeira e profissional antes de pensar em formar uma família.

📈 Crescimento expressivo. De acordo com o Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), o Brasil registrou um crescimento no número de procedimentos de reprodução assistida. Em 2023, foram congelados mais de 115 mil embriões, um aumento de 32,8% em comparação com 2020

  • Essa tendência reflete uma mudança nos hábitos das mulheres modernas, que buscam maior controle sobre o momento ideal para se tornarem mães, mesmo diante de custos elevados. Em clínicas privadas, o valor do procedimento pode chegar a R$ 30 mil, o que limita o acesso para muitas mulheres.

🔬 Qualidade técnica. Segundo especialistas, a qualidade da técnica de congelamento é crucial para o sucesso do procedimento, assim como a taxa de sobrevivência dos óvulos e o desenvolvimento saudável de embriões. Apesar disso, é importante ressaltar que o congelamento de óvulos não garante uma gravidez, mas aumenta as chances de sucesso para as mulheres que desejam engravidar mais tarde.

🏥 Acesso público. Embora o SUS ofereça o procedimento de forma gratuita, o acesso é restrito a mulheres com condições médicas que comprometam a fertilidade, como câncer ou doenças imunológicas. O tempo de espera pode chegar a dois anos nas clínicas públicas, e a demanda é alta. Mesmo com todas as opções disponíveis, a idade da mulher e a quantidade de óvulos obtidos durante o processo de congelamento desempenham um papel fundamental nas chances de sucesso do tratamento.

Viver mais, mas com pior qualidade de vida, a realidade dos baby boomers

(Reprodução: Visual Capitalist)

Embora a expectativa de vida dos Baby Boomers, nascidos entre 1946 e 1959, seja maior do que a de gerações anteriores, um novo estudo revelou que essa geração enfrenta problemas de saúde mais graves. As condições crônicas, como diabetes, colesterol alto e doenças cardíacas, são significativamente mais prevalentes entre os Baby Boomers em comparação com a “Maior Geração” (nascidos antes de 1925).

🩺 Aumento de condições. Os dados do estudo, coletados de mais de 100.000 pessoas entre 2004 e 2018, apontam um aumento considerável no diagnóstico de condições crônicas, especialmente na Inglaterra e Europa Continental. Além disso, o índice de massa corporal (IMC) subiu nas coortes do pós-guerra, refletindo o aumento da obesidade, com exceção do sul da Europa.

Força muscular e deficiências. Outro indicador importante analisado foi a força de aderência, usada para medir a força muscular geral. Houve uma queda nessa capacidade entre americanos e britânicos, sugerindo um risco maior de deficiência à medida que envelhecem. 

  • Essa tendência levanta preocupações sobre a qualidade de vida dessas gerações mais velhas, à medida que enfrentam um futuro com menos força física e mais doenças crônicas.

📉 A pesquisa também indica que a Geração X, nascida após os Baby Boomers, corre risco de enfrentar problemas de saúde ainda mais graves. Eles já apresentam maiores taxas de obesidade, diabetes e saúde mental debilitada em comparação com seus antecessores. Isso sugere que, embora as pessoas estejam vivendo mais, suas vidas não são necessariamente mais saudáveis, um sinal alarmante que demanda maior ênfase em prevenção e hábitos saudáveis.

Como o clima extremo pode levar à escassez de medicamentos

(Reprodução: Aïda Amer)

A mudança climática está contribuindo para um aumento na demanda por medicamentos usados no tratamento de doenças como asma, insuficiência renal e Alzheimer. Ondas de calor, furacões e incêndios florestais não só agravam a saúde pública, mas também afetam a cadeia de suprimentos farmacêuticos, criando um risco iminente de escassez. Um estudo recente da RAND projeta que esses eventos climáticos extremos vão aumentar a necessidade de medicamentos comuns, como inaladores de albuterol e anticoagulantes como a heparina.

Interrupções na cadeia. As cadeias de suprimentos globais, já fragilizadas por eventos climáticos extremos, podem enfrentar ainda mais dificuldades na produção e distribuição de medicamentos essenciais. O relatório da RAND sugere que melhorias nos modelos de previsão e planejamento são cruciais para mitigar os efeitos dessas interrupções, propondo o armazenamento estratégico de medicamentos e a produção local para evitar desabastecimentos.

📅 Projeções para 2040. De acordo com as estimativas, a demanda por medicamentos para asma e Alzheimer deverá aumentar significativamente até 2040, especialmente entre os mais idosos. Contudo, paradoxalmente, a mortalidade mais alta devido a doenças cardiovasculares relacionadas ao clima pode reduzir a necessidade de tratamentos para pressão arterial, como o metoprolol, em algumas populações.

⚖️ Desigualdades. A crise climática também acentua as desigualdades na saúde. Determinantes sociais, como renda e acesso à informação de saúde, influenciam quem será mais vulnerável. Além disso, eventos climáticos como furacões podem gerar impactos de longo prazo na saúde, destacando a necessidade de políticas de saúde pública mais robustas e integradas com a realidade climática atual.

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