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📈 73.610 novos casos de CA de mama; 🚨 Adoçante perigoso; ⚠️ Câncer infantil;

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Destaques da 327° edição:

  • 📈 73.610 novos casos de CA de mama;

  • 🚨 Adoçante perigoso;

  • ⚠️ Câncer infantil;

Adoçante comum associado a ataques cardíacos e derrames

(Reprodução: Yarek Waszul)

Um estudo recente sugere que o adoçante xilitol, comumente utilizado em produtos com baixo teor de açúcar, como chicletes e pasta de dente, pode estar associado a um risco quase dobrado de ataques cardíacos, derrames e morte entre os maiores consumidores. 

  • 🩸Em testes com voluntários, os níveis de xilitol aumentam até 1.000 vezes no sangue após o consumo, algo sem precedentes antes da introdução dos alimentos processados.

Além do xilitol, o eritritol, outro adoçante de baixa caloria, também foi associado a riscos cardiovasculares. Ambos podem acelerar a coagulação das plaquetas sanguíneas, potencialmente causando ataques cardíacos e derrames. Mesmo pequenas quantidades de xilitol alteram o comportamento das plaquetas. 

  • Estima-se que 61% dos adultos americanos terão doenças cardiovasculares até 2050. Portanto, qualquer aumento na coagulação plaquetária é alarmante. 

Já o Conselho de Controle de Calorias, afirmou que o estudo contradiz décadas de evidências que respaldam a segurança dos adoçantes de baixas calorias. 

  • Os cientistas afirmam que o xilitol é encontrado naturalmente em pequenas quantidades em frutas e vegetais, é produzido comercialmente a partir de espigas de milho ou bétulas e amplamente utilizado como substituto do açúcar. A FDA classifica os álcoois de açúcar como "geralmente reconhecidos como seguros" (GRAS).

O estudo, publicado no European Heart Journal, analisou amostras de sangue de pessoas com risco de doenças cardíacas e encontrou uma ligação entre altos níveis de xilitol e um aumento significativo no risco de eventos cardiovasculares. A Organização Mundial da Saúde já alertou sobre o uso de adoçantes artificiais para perda de peso, destacando a necessidade de mais pesquisas sobre a toxicidade a longo prazo desses produtos.

O câncer infantil que mais mata no Brasil 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados 11.540 casos de leucemia no Brasil entre 2023 e 2025. Embora o câncer em crianças e adolescentes representam apenas 3% dos casos novos anuais, a leucemia é o tipo mais comum, constituindo entre 25% e 35% dos tumores infantis. 

  • Tipos. As leucemias mais comuns são a leucemia mieloide aguda (LMA) e a leucemia linfóide aguda (LLA), um tipo de câncer no sangue que afeta os glóbulos brancos, essenciais para a defesa do organismo. Crianças com LLA têm uma taxa de cura de 85% a 90%, enquanto aquelas com LMA têm entre 60% e 65% de chance de cura, devido à natureza mais agressiva desse tipo de câncer. 

O caso do Miguel. Em janeiro do ano passado, Miguel de Mello Bueno, de apenas 7 anos, começou a se queixar de dores nas pernas após um dia de brincadeiras na praia. Inicialmente, os médicos atribuíram as dores ao crescimento natural, mas, em maio, após um episódio de dor intensa que o impediu de andar, Miguel foi internado para exames. O diagnóstico foi leucemia linfóide aguda. 

🔎 Sintomas e diagnóstico. A leucemia afeta a medula óssea, onde o sangue é produzido, resultando em sintomas como palidez, anemia, fraqueza, cansaço, ínguas no pescoço, axilas e abdômen, além de manchas roxas pelo corpo. No caso de Luísa Alves Spíndola, diagnosticada com LLA aos 9 anos, os primeiros sinais foram perda de apetite e suor noturno. O diagnóstico precoce permitiu um tratamento eficaz com quimioterapia, resultando em uma rápida recuperação e retorno à vida normal.

Diferente dos adultos, o câncer infantil não está relacionado a fatores ambientais ou de estilo de vida. No entanto, condições genéticas como a síndrome de Down aumentam significativamente o risco de leucemia. A rápida reprodução celular nas crianças, incluindo células doentes, contribui para a progressão acelerada da doença, destacando a importância da atenção aos sinais precoces.

Dados. A leucemia é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes no Brasil, representando cerca de 8% das mortes nesse grupo. Com atenção e cuidado, é possível detectar a leucemia em estágios iniciais, proporcionando às crianças afetadas uma melhor chance de recuperação e uma vida saudável. 

73.610 novos casos de câncer de mama anuais vindo por aí 

(Reprodução: The New York Times)

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 73.610 novos casos de câncer de mama anualmente para o triênio 2023 - 2025. Em 2022, foram registrados mais de 19 mil óbitos, tornando o CA de mama a principal causa de morte entre mulheres no Brasil

  • A mutação do gene BRCA é um fator de risco significativo, com 80% de chance de desenvolver câncer de mama e 40% de câncer de ovário.

📊 Dados do Panorama do Câncer de Mama mostram que entre 2015 e 2022, houve 374.548 novos casos, com o Sudeste liderando com 168.637 casos. Embora existam mais de 6 mil aparelhos de mamografia no Brasil, a cobertura no SUS é insuficiente — com apenas 30% de rastreamento. Isso resulta em diagnósticos tardios e um maior número de casos avançados na rede pública.

Diferenças no tempo entre biópsia e início do tratamento também são evidentes:

  • No SUS, apenas 21,1% dos pacientes começam o tratamento em até 30 dias, comparado a 45,4% na saúde suplementar.

  • A SBM enfatiza a importância da Lei nº 12.732 de 2012, que exige tratamento em até dois meses após o diagnóstico.

⚠️ Há uma preocupação com o "rejuvenescimento" do câncer de mama, com 30,5% dos casos em mulheres entre 30 e 49 anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) sugere iniciar o rastreamento aos 40 anos, não aos 50, devido ao diagnóstico tardio em 39,6% dos casos nessa faixa etária.

A testagem genética para mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 pode beneficiar muitas pacientes, mas está disponível no SUS apenas em alguns estados. A SBM propõe a federalização dessa testagem para salvar mais vidas. Além disso, pede a equiparação entre Conitec e ANS nos métodos diagnósticos e tratamentos aprovados, visando melhorar a prevenção e reduzir custos de tratamento.

Unifesp terá cotas na residência médica

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou a adoção de cotas em seus programas de residência médica. A partir do processo seletivo deste ano, 20% das vagas serão reservadas para pessoas pretas, pardas e indígenas, e outros 20% para pessoas com deficiência (PCD)

  • Os 60% restantes das vagas continuarão destinadas à ampla concorrência.

O direito às vagas de ação afirmativa será avaliado por meio de laudos de deficiência e bancas de heteroidentificação, um método cuja eficácia foi recentemente debatida na seleção de alunos da Universidade de São Paulo (USP), mas que continua sendo validado pelas instituições e pela Justiça.

Essa reserva será aplicada principalmente para o primeiro ano da residência, sem exigir estágio anterior como pré-requisito para o ingresso.

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