Infectadas com HIV em um spa

📈 Vítimas do RS; 🦟 Onda de doenças infecciosas; 🧬 Terapia genética de sucesso;

🩺 Quem acompanha, lidera a saúde!

Sem limitações

☕️ Bom dia! A vida não tem limitações, exceto aquelas que você cria. 

Destaques da 315º edição: 

  • 📈 Vítimas do RS;

  • 🦟 Onda de doenças infecciosas;

  • 🧬 Terapia genética de sucesso;

Vítimas de enchentes podem sofrer transtornos semelhantes aos sobreviventes de guerra

(Reprodução: Divulgação)

Muitas pessoas que, após enfrentar tragédias como enchentes ⛈️, desenvolvem transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), condição também comum entre vítimas de guerra. Em 2022, a água destruiu móveis e eletrodomésticos em casas na cidade de Recife (PE). Desde então, famílias adaptaram suas residências para minimizar futuros danos, elevando móveis e eletrodomésticos para um andar superior durante a temporada de chuvas.


💥Especialistas explicam que o TEPT  pode surgir quando uma pessoa vivencia um evento traumático, revivendo-o em pesadelos, flashbacks e com pensamentos intrusivos. Sintomas incluem medo, insônia, alteração de humor e isolamento social. O diagnóstico é feito quando esses sintomas persistem por mais de um mês.

  •   “Quando chove à noite, não durmo e fico na janela olhando o rio para ver se ele está subindo”, relata Carla Suzart que viveu a catástrofe natural. Desde então, o barulho da chuva desencadeia nela intensa ansiedade e crises de choro.

💭 A psiquiatra Graziela Stein, voluntária no atendimento às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, enfatiza a importância do acolhimento imediato para prevenir o desenvolvimento do TEPT. É crucial encaminhar as vítimas para atendimento psicológico contínuo

Além disso, o  TEPT pode também afetar parentes, voluntários e até pessoas que acompanham as tragédias pela mídia. O tratamento envolve acompanhamento psiquiátrico e psicológico, podendo incluir medicação para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

As três ondas de doenças infecciosas que devem acometer o Rio Grande do Sul

As recentes ⛈️ chuvas e inundações no Rio Grande do Sul não apenas devastaram áreas e impactaram vidas, mas também acenderam um alerta para possíveis ondas de doenças infecciosas. O contato com a água contaminada, comum nesses eventos, aumenta o risco dessas enfermidades, especialmente em crianças e idosos.

  • Com base em experiências anteriores, espera-se um aumento significativo nos casos de enfermidades como diarreias, problemas respiratórios, leptospirose, hepatite A e dengue. As enfermidades podem acontecer em “ondas”, a depender do tempo de incubação dos vírus e bactérias. 

Preocupações. 🥵 Entre sete e dez dias após as inundações, a leptospirose se torna uma preocupação principal, devido ao contato com a urina de animais contaminados. O tétano e a hepatite A também representam riscos, exigindo vigilância e, em casos de alto risco, tratamento preventivo. 

Há um destaque também para os materiais cortantes 🩸, como madeira e vidro, que podem servir para entrada para patógenos. 

🦟 Dengue. Embora o clima frio atual possa diminuir temporariamente o risco de dengue, a situação pode mudar rapidamente com o "veranico". A vigilância contínua é fundamental, especialmente considerando o aumento recente de casos de dengue em todo o Brasil.

Resposta e prevenção. A vacinação é essencial contra as doenças. Os desastres naturais não apenas desencadeiam problemas imediatos de saúde, mas também sobrecarregam sistemas de saúde, já fragilizados pela pandemia. Portanto, além da prevenção e tratamento das doenças infecciosas, é crucial garantir o acesso contínuo a cuidados de saúde, incluindo medicamentos essenciais e apoio psicológico.

O caso das mulheres infectadas com HIV após um “tratamento de vampiro”

(Reprodução: KOAT/FILE)

Um recente relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos trouxe à tona o caso de três mulheres que foram infectadas com o HIV após receberem um procedimento conhecido como "vampire facial" em um spa no Novo México, em 2018. 

🚨 Este caso levanta questões sobre a segurança de certos tratamentos estéticos e destaca a importância de regulamentações rigorosas e práticas confiáveis em estabelecimentos.

O que é um "vampire facial"?

  • Na tradução direta seria um “tratamento facial de vampiro.” Nele, envolve a extração do sangue do paciente, a separação do plasma rico em plaquetas (PRP) e a reintrodução do PRP no rosto por meio de pequenas perfurações. O objetivo é estimular a produção de colágeno e elastina, promovendo a renovação da pele e reduzindo rugas e cicatrizes de acne.

Como ocorreram as infecções por HIV? No caso das mulheres infectadas, o CDC descobriu que o spa onde o procedimento foi realizado não estava licenciado e apresentava graves falhas nos controles de infecção. Tubos de sangue não rotulados eram armazenados perto de alimentos, seringas eram reutilizadas e clientes que testaram positivo para HIV frequentaram o spa. 💉

☝️ Segurança e precauções necessárias. Embora o "vampire facial" seja considerado seguro quando realizado corretamente, é essencial que os estabelecimentos sigam rigorosas práticas de segurança, incluindo o uso de sangue estéril e a identificação correta do paciente. 

‼️ As pessoas interessadas em tratamentos estéticos devem pesquisar os provedores com antecedência e garantir que eles estejam devidamente licenciados. As autoridades de saúde devem estar vigilantes para evitar futuras transmissões de doenças infecciosas em ambientes de cuidados estéticos.

Terapia genética de sucesso: menina surda ouve pela primeira vez 

(Rprodução: BBC)

😃 Uma criança britânica nascida surda, agora consegue ouvir sem qualquer auxílio após ser submetida a uma terapia genética inovadora. Pouco antes de seu primeiro aniversário de 1 aninho, Opal Sandy recebeu o tratamento que substitui o DNA defeituoso causador de sua surdez hereditária. Seis meses depois, ela já consegue ouvir sons tão suaves quanto um sussurro e está começando a falar.

A terapia, desenvolvida pela empresa de biotecnologia Regeneron, foi aplicada como uma infusão no ouvido de Opal e substitui o gene OTOF defeituoso por uma cópia funcional, utilizando um vírus modificado e inofensivo. Esse procedimento inovador representa uma esperança para muitos pacientes com surdez genética. Opal é parte de um ensaio clínico que recruta pacientes no Reino Unido, Estados Unidos e Espanha. 🌟

  •  Opal recebeu a terapia genética no ouvido direito e um implante coclear no ouvido esquerdo. Após algumas semanas, ela já conseguia ouvir sons altos e, em seis meses, sua audição para sons suaves estava quase normal.

🦻 A expectativa é de que essa terapia genética possa ser aplicada a outros tipos de perda auditiva profunda, que têm causas genéticas em mais da metade dos casos. O objetivo é que, futuramente, crianças com perda auditiva genética possam recuperar a audição sem a necessidade de implantes cocleares.

  • Vale lembrar que o SUS (Brasil) e o NHS (Reino Unido) são uns dos poucos que fornecem testes genéticos para detecção precoce de mutações no gene OTOF, facilitando o diagnóstico e tratamento antecipados- o que é  extremamente importante para que tratamentos como esse funcionem.

A experiência de Opal e os dados do ensaio clínico estão sendo apresentados na Sociedade Americana de Terapia Genética e Celular, nos Estados Unidos. Martin McLean, da Sociedade Nacional de Crianças Surdas do Reino Unido, enfatiza a importância de opções tecnológicas para que a surdez não seja uma barreira à felicidade e realização.

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