Hospital 100% operado por IA

📉 Escolas médicas sem infraestrutura; 😷 Aqueles que não contraem covid; 📈 Transplante de caixa vocal;

Sentindo e pensando

☕️ Bom dia! A metade dos nossos erros na vida vem do fato de que sentimos quando devemos pensar e pensamos quando devíamos sentir. 

Destaques da 341º edição: 

  • 📉 Escolas médicas sem infraestrutura; 

  • 😷 Aqueles que não contraem covid; 

  • 📈 Transplante de caixa vocal;

🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

O primeiro hospital 100% operado por IA 

(Reprodução: Daniel Zender)

Já pensou em um hospital onde tudo é operado por inteligência artificial? 🇨🇳 Pois é, a China, está na vanguarda dessa inovação tecnológica e até o final de 2024 planeja inaugurar o primeiro hospital do mundo totalmente operado por IA. 

O futuro já chegou? Nesse hospital, a equipe de médicos robóticos poderá atender cerca de 3 mil pacientes todos os dias. Esse é o “Hospital Agente”, um verdadeiro marco na interação entre medicina e IA. 

Na prática funciona? Durante os seis meses de pesquisa e testes que antecederam o anúncio, os médicos de IA atingiram uma taxa de precisão de 93,06%. A começar pelas primeiras consultas, até o pós-tratamento. 

🏥 Estrutura. O hospital vai começar com 14 médicos de IA e 4 enfermeiros virtuais. Enquanto os médicos se focam nos diagnósticos e planos de tratamento, os enfermeiros virtuais oferecem suporte contínuo aos pacientes. Além de otimizar o atendimento, também diminui custos operacionais e mantém um alto padrão de qualidade no atendimento médico.

73% dos municípios candidatos a receber escolas médicas não têm infraestrutura 

(Reprodução: Eric Helgas)

De acordo com CFM, 73% das cidades brasileiras que querem abrir novas escolas de medicina não têm a estrutura necessária para isso. O novo levantamento mostra que há 294 pedidos de novas escolas em 182 municípios, e desses, 130 já têm pelo menos uma escola médica. Esses dados foram apresentados em Brasília, no I Encontro das Escolas Médicas Acreditadas.

No evento, 12 escolas vão receber certificados de qualidade, totalizando 52 instituições certificadas. O estudo do CFM revelou problemas sérios na infraestrutura de saúde dessas cidades candidatas. A maioria não tem leitos do SUS suficientes, equipes de Saúde da Família (ESF) adequadas ou hospitais de ensino, que são essenciais para um mínimo aprendizado de qualidade. 

📊 Mais dados. Segundo o CFM, o ideal é que cada cidade com faculdade de medicina tenha pelo menos cinco leitos públicos por aluno, no máximo três alunos por equipe de saúde da família e um hospital de ensino. Mas 62% das cidades que já têm escolas médicas não possuem hospitais de ensino, e 35% não têm ESF suficientes para os alunos. 

A situação é ainda pior em 52 cidades que estão na lista do MEC para receber novas escolas, mas nenhuma delas tem hospital de ensino. Além disso, metade dessas cidades gasta menos em saúde por pessoa do que a média nacional.  

Se todos os pedidos forem aprovados, o Brasil vai de 390 para 682 escolas médicas, quase o dobro do número de escolas da Índia, que tem sete vezes mais habitantes. Segundo ele, a falta de estrutura adequada compromete a qualidade do ensino e pode levar a uma assistência médica de baixa qualidade.

🔺 Decisão do STF. Em junho, o STF determinou que novos cursos de medicina só podem ser abertos em cidades que cumpram os requisitos da Lei do Mais Médicos. Essa lei, na sua última versão, adotou vários critérios que o CFM e outras entidades médicas consideram essenciais.

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💘 Ahh, o amor

A época em que o amor era considerado sinônimo de doença — e o que era recomendado como cura

🍁 Alterações cognitivas

Porque algumas pessoas não contraem COVID?

(Reprodução: ​​Katie Russell) 

A University College London, em parceria com o Wellcome Sanger Institute e o Imperial College London, conduziram um estudo inovador para entender por que algumas pessoas contraem Covid-19 enquanto outras não

  • No primeiro "ensaio de desafio" controlado para Covid no mundo, os voluntários foram expostos ao vírus SARS-CoV-2 por meio de um spray nasal em um ambiente rigorosamente controlado.

📈 A pesquisa. Os participantes foram monitorados de quarentena, onde amostras de tecido do nariz e garganta, além de sangue, foram coletadas antes e após a exposição ao vírus. Utilizando a tecnologia de sequenciamento de célula única, os pesquisadores analisaram a resposta imunológica de cada participante.

🔎 Nem todos os voluntários expostos ao vírus testaram positivo para Covid-19. Os participantes foram divididos em três grupos distintos:

  • Grupo de Infecção Sustentada: seis voluntários desenvolveram sintomas leves de Covid-19 e testaram positivo por vários dias.

  • Grupo de Infecção Transitória: três voluntários apresentaram infecções intermitentes e sintomas limitados.

  • Grupo de Infecção Abortada: sete voluntários não desenvolveram sintomas nem testaram positivo, indicando que suas respostas imunológicas abortaram a infecção desde o início.

Os pesquisadores notaram respostas imunes específicas em todos os grupos. No grupo de infecção transitória, houve uma rápida acumulação de células imunes no nariz, um dia após a infecção. Em contraste, o grupo de infecção sustentada apresentou uma resposta mais tardia, permitindo a proliferação do vírus.

Uma descoberta crucial foi a identificação do gene HLA-DQA2, que estava altamente expresso nos voluntários que evitaram infecções sustentadas. Este gene pode servir como um marcador de proteção, ajudando a identificar indivíduos menos propensos a desenvolver Covid-19 grave.

Ao comparar dados de indivíduos nunca expostos ao vírus com aqueles que já possuem imunidade, os cientistas esperam encontrar maneiras mais eficazes de induzir proteção contra futuras pandemias.

Um raro transplante de caixa vocal ajudou um paciente com câncer a falar novamente

(Reprodução: Marty Kedian )

Um homem de Massachusetts recuperou a voz após os médicos removerem sua laringe cancerosa e a substituírem por uma doada. Esse procedimento raro foi realizado pela equipe da Clínica Mayo, nos EUA, e é a primeira vez que um transplante desse tipo é oferecido a alguém com câncer ativo no país — antes disso, apenas duas outras pessoas no país haviam recebido um transplante de laringe. 

O Dr. David Lott, que lidera o estudo, iniciou essa pesquisa após ouvir de muitos pacientes que, apesar de estarem vivos, se sentem desconectados do mundo sem a capacidade de falar. O estudo ainda vai incluir mais nove pacientes.

Antes da cirurgia, o paciente deste estudo tinha que usar um tubo de traqueostomia para respirar e engolir, o que tornava difícil até mesmo sussurrar. Ele se recusou a permitir que os médicos removessem completamente sua laringe anteriormente porque queria continuar lendo histórias para sua neta com sua própria voz. 

Embora ainda haja muito a aprender e mais pesquisas a serem feitas, a expectativa é que esses procedimentos se tornem mais comuns no futuro, oferecendo uma nova chance para muitos pacientes recuperarem suas vidas.

De viagra a remédio para Asma: mais de 300 medicamentos mais baratos

Boa notícia para quem precisa de medicamentos. A Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de reforma tributária que pode tornar mais de 300 medicamentos mais baratos. 

  • Entre os remédios que podem ter imposto zero estão a losartana, usada para pressão alta; insulina, para diabetes; isotretinoína, para acne; e o Diazepan, para ansiedade. 

Mas como isso vai funcionar na prática? Segundo a Anvisa, os medicamentos hoje têm vários impostos embutidos, como ICMS, IPI, PIS/Pasep e Cofins. O ICMS, em particular, pode representar mais de 20% do preço de alguns medicamentos.

Além da isenção de ICMS, o projeto prevê um imposto reduzido (40% da alíquota geral) para outros medicamentos registrados na Anvisa ou produzidos por farmácias de manipulação.

A regulamentação ainda precisa ser votada na Câmara e no Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Então, por enquanto, os descontos ainda não estão valendo. 

Fim das bulas impressas? 

📈 

A ideia é inovar colocando um QR Code nas embalagens dos medicamentos, semelhante ao que já acontece com alguns remédios de venda livre. Ao apontar a câmera do celular para o código, os usuários poderiam acessar informações atualizadas e diversos conteúdos multimídia sobre o medicamento.

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