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"Google Maps" das células
👨💻 ‘’sacrifico minha saúde mental pela sua’’; 🎟 Um convite a sérios problemas de saúde;🌏 Mpox;

☕️ Bom dia! Você pode ainda não estar onde gostaria, mas certamente não está onde começou.
Destaques da 398º edição:
👨💻 ‘’sacrifico minha saúde mental pela sua’’;
🎟 Um convite a sérios problemas de saúde;
🌏 Mpox;
🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

O "Google Maps" das células: cientistas estão trabalhando em um novo marco na ciência

(Reprodução: Zak Bickel)
Já imaginou um mapa tão detalhado que permita navegar por todas as células do corpo humano? Parece ficção científica, mas é o que uma equipe global de cientistas está desenvolvendo com o Atlas de Células Humanas (HCA). Esse projeto monumental, lançado em 2016, busca criar um manual digital e interativo do corpo humano, oferecendo ferramentas poderosas para diagnosticar doenças e personalizar tratamentos. E agora, com mais de 40 novos estudos publicados, essa visão está cada vez mais próxima de se tornar realidade.
O que é o HCA? O HCA começou como um sonho de um pequeno grupo de cientistas liderados por Aviv Regev e Sarah Teichmann. Hoje, reúne mais de 3.600 especialistas de todo o mundo e é considerado um dos maiores consórcios de Big Science — superando até o famoso Projeto Genoma Humano 🚀. Dividido em 18 redes especializadas, o projeto já analisou mais de 100 milhões de células de 10.000 indivíduos, representando diferentes idades, origens e condições de saúde.
Utilizando técnicas genômicas de ponta, bioinformática avançada e inteligência artificial, os pesquisadores mapeiam a atividade dos 20.000 genes humanos em cada célula, identificando proteínas, funções e interações entre células em tecidos saudáveis e doentes. É como um "Google Maps da biologia celular", com mapas navegáveis e tridimensionais que nos ajudam a entender como nosso corpo funciona — e como ele pode falhar.
Os 40 novos estudos publicados recentemente exploram temas como:
Desenvolvimento de órgãos como placenta, esqueleto e sistema nervoso.
Impactos genéticos em doenças celulares.
Efeitos da Covid-19 nos pulmões e no sistema digestivo.
O primeiro rascunho completo do HCA está previsto para 2025-2026 e será disponibilizado online, com acesso aberto. O objetivo é mapear bilhões de células, cobrindo os cerca de 37 trilhões de células que compõem o corpo humano. A longo prazo, esse atlas poderá transformar o diagnóstico e o tratamento de inúmeras condições, desde câncer até doenças autoimunes, abrindo caminho para uma medicina mais precisa e personalizada.

Ficar sentado mais de 10 horas por dia pode aumentar a insuficiência cardíaca e o risco de morte

Imagine que sua cadeira de trabalho pode ser mais perigosa para o coração do que você imagina. Passar horas sentado não é apenas desconfortável, é um convite a sérios problemas de saúde. Um estudo recente, publicado no Journal of the American College of Cardiology, descobriu que ficar sentado por mais de 10,6 horas diárias pode aumentar significativamente o risco de insuficiência cardíaca e morte cardiovascular, mesmo para quem pratica exercícios regularmente.
O impacto do tempo sedentário na saúde cardiovascular. A pesquisa acompanhou quase 90 mil pessoas por oito anos e identificou que o impacto no risco de ataque cardíaco e arritmias pode ser minimizado com atividade física. Porém, insuficiência cardíaca e morte cardiovascular permanecem perigosamente associados ao comportamento sedentário, mesmo entre os mais ativos.
🚶♀️Mudanças simples. Transformar longos períodos de inatividade em momentos de movimento é essencial. Pausas frequentes para alongar, mesas que permitem trabalhar em pé e “snacks de movimento” — como subir escadas ou fazer exercícios rápidos — podem ajudar a neutralizar os riscos. A ideia é simples: movimentar-se ao longo do dia faz toda a diferença para o coração e para a saúde geral.
🪑 Deixar a cadeira para trás, mesmo que por alguns minutos, é mais do que um gesto de autocuidado: é um investimento na sua longevidade. Pequenas mudanças podem prevenir grandes problemas, garantindo um coração mais saudável e uma vida mais ativa.

‘’Sacrifico minha saúde mental sua’’: os moderadores de conteúdo das redes sociais

(Reprodução: Sam Whitney)
Imagine abrir o TikTok para assistir danças e desafios virais enquanto, nos bastidores, moderadores enfrentam conteúdos perturbadores como violência extrema e abusos. Esses profissionais, responsáveis por limpar o que não deve ser visto, carregam traumas profundos, sendo fundamentais para a segurança online.
A maioria trabalha em empresas terceirizadas, analisando materiais em plataformas como Facebook e Instagram. Apesar do suporte clínico oferecido por algumas empresas, os desafios emocionais e psicológicos permanecem imensos. Muitos relatam insônia, crises de ansiedade e dificuldades em suas vidas pessoais. 🚫
Embora a inteligência artificial esteja avançando como aliada na moderação, ainda não substitui o olhar humano para questões mais complexas. Há receios de que IA possa limitar excessivamente a liberdade de expressão ou falhar na interpretação de nuances culturais.
⚠️ O papel desses moderadores, frequentemente ignorado, é indispensável e merece mais reconhecimento. São, de fato, "guardiões de almas", protegendo os usuários das partes mais sombrias da internet enquanto lutam para preservar sua própria saúde mental.
OMS aprova segunda vacina contra Mpox em caráter emergencial

(Reprodução: BRIAN W.J. MAHY)
🌏A Organização Mundial da Saúde anunciou a aprovação da vacina LC16m8, da farmacêutica japonesa KM Biologics, como a segunda autorizada para combater a mpox. Destinada a uso emergencial, a vacina promete facilitar o acesso em comunidades afetadas, especialmente crianças.
💉 A República Democrática do Congo, epicentro de surtos com quase mil mortes e 39 mil casos suspeitos, será beneficiada com 3,05 milhões de doses doadas pelo Japão. Essa iniciativa é a maior doação da história para a emergência atual.
Essa aprovação é um marco na resposta global à mpox, permitindo a rápida distribuição em mais de 80 países que reportaram casos em 2024. O movimento reforça o compromisso internacional com a saúde pública e o controle de surtos em áreas de maior impacto.