🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

Vitalidade

☕️ Bom dia! A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de começar de novo.

Destaques da 337º edição: 

• 🍁 Transtorno por uso de cannabis;

• 📈 Novo medicamento para Alzheimer;

• 💸 HCFMUSP recebe R$ 53 milhões;

Formigas atacam de cirurgiãs e fazem amputações para salvar parceiras feridas

Um comportamento surpreendente foi observado entre as formigas-carpinteiras da Flórida (Camponotus floridanus): elas realizam amputações nas parceiras feridas para salvar suas vidas. Essa descoberta, publicada na revista Current Biology, revela um nível de cuidado médico entre insetos nunca antes registrado. 

Anteriormente, sabia-se que as formigas 🐜 podiam diagnosticar problemas de saúde em suas companheiras e aplicar uma substância antimicrobiana para prevenir infecções. No entanto, as formigas-carpinteiras da Flórida vão além, já que não possuem glândulas que secretam esses compostos antimicrobianos. Pesquisadores da Universidade de Würzburg, na Alemanha, realizaram testes para entender como esses insetos lidam com ferimentos.

🔬 Em um dos experimentos, os biólogos produziram cortes nas pernas das formigas e expuseram as feridas à bactéria Pseudomonas aeruginosa, comum no solo. Enquanto algumas formigas foram isoladas, outras foram devolvidas ao ninho. Das 17 formigas que retornaram, 13 tiveram a perna comprometida amputada por suas companheiras, resultando em uma taxa de sobrevivência de cerca de 90%. Em contraste, apenas 40% das formigas isoladas sobreviveram.

👩‍🔬 Em um segundo experimento, as formigas foram feridas na tíbia, uma região mais abaixo na perna. Desta vez, as companheiras lamberam as feridas ao invés de amputá-las. Novamente, a taxa de sobrevivência foi maior entre as que retornaram ao ninho (75%) comparado às isoladas (10%). 

• A diferença nos tratamentos se deve ao fato de que ferimentos na coxa afetam a hemolinfa, o "sangue" das formigas, espalhando a infecção rapidamente, enquanto feridas na tíbia não têm o mesmo efeito.

Erik Frank, líder da pesquisa, destacou que cerca de 10-11% das formigas que saem para caçar ou procurar comida carregam ferimentos recentes. Em contextos de disputas territoriais, tratar os feridos traz vantagens evolutivas significativas.

O que é o transtorno por uso de cannabis?

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de maconha para consumo próprio trouxe diversas questões sobre os impactos da substância na saúde. Um dos principais pontos é o transtorno por uso de cannabis, uma condição ainda pouco conhecida que pode afetar até 20% dos usuários. 🚻

• Este transtorno é caracterizado pelo abuso da droga e resulta em perdas significativas na qualidade de vida e bem-estar dos indivíduos.

🌱 O psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca que o transtorno por uso de cannabis é semelhante à dependência, dificultando a distinção entre usuários ocasionais e dependentes. A condição pode se manifestar de várias maneiras, incluindo a interferência nas atividades diárias, prejuízos nas relações interpessoais e sintomas intensos de ansiedade ou depressão ao tentar reduzir o consumo. 

📚 Os estudos dizem. Uma pesquisa realizada pela Unifesp com 7.405 adultos brasileiros revelou que 7,7% dos participantes eram "usuários disfuncionais". Nos Estados Unidos, cerca de 9% dos usuários de cannabis são considerados dependentes. Essas pesquisas indicam que usuários disfuncionais apresentam uma pior qualidade de vida e maiores índices de depressão e ansiedade em comparação com usuários ocasionais ou frequentes.

• Nos EUA, a dependência à nicotina foi encontrada em 56% dos 152 mil americanos que fumaram tabaco 30 dias antes do teste. 

💆🏻‍♀️ Para tratar o transtorno por uso de cannabis, Silveira sugere duas abordagens: 

• A redução gradual do consumo, chama de “redução de danos”; 

• A interrupção abrupta, seguida de tratamento para os sintomas de abstinência, como ansiedade e depressão.

O psiquiatra acredita que a decisão do STF pode melhorar o tratamento desta condição, ao reduzir o estigma e facilitar o acesso aos serviços de saúde.

HCFMUSP recebe R$ 53 milhões para se modernizar

🏥 O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) iniciou um projeto de modernização de 30 salas cirúrgicas no Instituto Central (ICHC) e os respectivos corredores de acesso, com um investimento superior a R$ 53 milhões. Financiado pela associação Uname, a parceria integra o Projeto de Transplantes Renais Pediátrico e Adulto e visa melhorar a qualidade dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

• Estudos técnicos identificaram a necessidade das reformas ICHC, no Instituto da Criança e do Adolescente (ICr) e nos setores de Hemodiálise. O objetivo é proporcionar segurança, conforto e bem-estar aos pacientes e seus acompanhantes, além de renovar o parque tecnológico e expandir o quadro de profissionais especializados. 🫡

🧱 Além da reforma física… o projeto inclui a aquisição de equipamentos médicos avançados, como máquinas de hemodiálise e sistemas robóticos para cirurgias menos invasivas. A escolha do HCFMUSP se deve à sua reputação como maior complexo hospitalar da América Latina, reconhecido pela alta complexidade dos seus tratamentos.

👏 Outras ações. Alguns pacientes renais crônicos precisaram ser cuidadosamente transferidos, levando em conta suas necessidades específicas. E com isso, o diretor presidente da Umane, Marco Mattar, destaca sobre os pacientes que, “agora contam com infraestrutura de ponta e gestão otimizada de recursos para ampliar o acesso à saúde especializada. É um legado de excelência em saúde que construímos.” 

🤖 Robôs em ação. O projeto não apenas aprimora a infraestrutura, mas também marca avanços significativos na área da saúde, como a realização da primeira cirurgia eletiva com auxílio de um robô no SUS em 2023. Além disso, o projeto beneficiará a formação de residentes, promovendo o treinamento em plataforma robótica para médicos e enfermeiros, elevando o padrão dos procedimentos cirúrgicos no Brasil.

FDA aprova novo medicamento para Alzheimer da Eli Lilly

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou o donanemab, novo medicamento da Eli Lilly para o tratamento do Alzheimer, com comprovações de reduzir a progressão da doença em cerca de um terço. A aprovação marca um avanço na luta contra a doença, oferecendo esperança a milhões de americanos. 🇺🇸

• 💊 O donanemab, comercializado sob a marca Kisunla, é administrado por infusão mensal e foi aprovado para tratar o comprometimento cognitivo leve, um estágio inicial da doença. O medicamento atua sobre as proteínas amiloides no cérebro, que são associadas ao desenvolvimento do Alzheimer. 

😅 A importância dessa aprovação é enorme. O Kisunla se torna o segundo anticorpo de sua classe a receber a aprovação da FDA. Ele se junta ao Leqembi da Biogen e Eisai, aprovado no ano passado, no mercado de tratamentos para Alzheimer.

🔎  Resultados de um ensaio clínico de fase 3, conduzido por 18 meses, indicaram que o Kisunla retardou a progressão do Alzheimer em 35% comparado ao placebo e diminuiu em 39% o risco de avanço para o próximo estágio clínico da doença. E ainda melhorou a capacidade das pessoas de se lembrarem de novas informações, datas importantes, compromissos, planejar e organizar atividades diárias, preparar refeições, usar eletrodomésticos, gerenciar finanças e manter a independência. 

Resultados. Embora a aprovação tenha sido um marco, o donanemab enfrentou desafios ao longo do caminho. Em março, a FDA pediu uma revisão externa do medicamento após alguns pacientes em ensaios clínicos experimentarem inchaço cerebral, sangramento e outros eventos adversos. No entanto, em junho, um comitê consultivo da FDA concluiu por unanimidade que os benefícios do donanemab para pacientes em estágios iniciais da doença superam seus riscos, pavimentando o caminho para a aprovação final.

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