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Escolas médicas inadequadas
🧠 Os cérebros estão encolhendo; 🇺🇸 Uso regular de maconha superou o álcool; 📈 O apêndice foi promovido;

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Um passo de cada vez
☕️ Bom dia, caro leitor(a). Sabe o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho? Resposta no final da edição.
Destaques da 221º edição:
🧠 Os cérebros estão encolhendo;
🇺🇸 Uso regular de maconha superou o álcool;
📈 O apêndice foi promovido;

78% dos municípios que sediam escolas médicas não possuem a infraestrutura adequada

(Reprodução: Giphy)
Um relatório recente do Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que 78% dos municípios brasileiros que sediam escolas médicas não possuem a infraestrutura adequada. Dentre os 250 municípios analisados, 196 apresentaram déficits em critérios essenciais como número de leitos hospitalares, equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e hospitais de ensino. 🏥
Detalhes. De acordo com o CFM, os estabelecimentos de ensino superior de medicina em funcionamento nesses municípios estão em localidades inadequadas, além de não atenderem aos requisitos mínimos. A falta de leitos suficientes, equipes de ESF inadequadas e a ausência de hospitais de ensino são problemas recorrentes. 😥
Por exemplo, em Itabuna (BA), há um déficit de 562 leitos e 21 equipes de saúde da família, além de nenhum hospital de ensino, o que ilustra a gravidade da situação.
👀 O que é preciso para melhorar. Para remediar essas deficiências, o SUS precisaria criar pelo menos 50 mil leitos hospitalares e 180 hospitais de ensino em todo o país. Além disso, é necessário que as cidades ofereçam serviços de pronto-atendimento, atenção psicossocial e maternidades para garantir uma formação completa e de qualidade para os estudantes de medicina.
Essa situação compromete a formação de futuros profissionais de saúde, uma vez que a medicina depende de campos de prática para completar o ciclo de ensino-aprendizado ⛑️.
Desde 2010, foram criadas 210 novas escolas médicas no Brasil, somando 390 instituições em 250 municípios, com uma concentração nas regiões mais desenvolvidas. A privatização do ensino médico cresceu significativamente, com 65% das escolas sendo privadas, o que também compromete uma ampla formação.
🔎 Para aprofundar

O uso regular de maconha supera o álcool pela primeira vez nos EUA

(Reprodução: Axios)
Um estudo recente revelou que o uso diário de maconha superou pela primeira vez o consumo diário de álcool nos Estados Unidos. Esta mudança histórica é impulsionada pela legalização em diversos estados e pelo movimento do governo Biden para reclassificar a cannabis como uma substância menos perigosa sob a lei federal. 🌿
Atualidade. O governo Biden está no processo de reclassificar a cannabis de uma droga do Cronograma I para a menos perigosa do Cronograma III, o que pode ter implicações significativas para sua aceitação e regulamentação.
A análise conduzida por Jonathan Caulkins, professor da Universidade Carnegie Mellon, destaca um crescimento de 269% no uso diário ou quase diário de maconha entre 2008 e 2022. Em contraste, o uso de álcool diminuiu em 7% no mesmo período. Em 2022, o bebedor mediano relatou consumir álcool em 4-5 dias no mês anterior, enquanto o usuário típico de maconha utilizou a substância em 15-16 dias. 📆
Embora mais pessoas ainda bebam álcool do que consomem maconha, o uso frequente de cannabis é mais comum.
Estatísticas. A percepção do álcool como uma substância insalubre está crescendo, especialmente entre jovens adultos. Essa mudança de atitude se reflete nas estatísticas: 74% dos americanos vivem em estados onde o uso médico ou recreativo da maconha é legal, com 54% residindo em estados onde o uso recreativo é permitido. 🏠
Caulkins aponta que as tendências no consumo de cannabis de 1979 a 2022 corresponderam às políticas de restrição ou expansão do uso da substância. Políticas conservadoras sob os ex-presidentes Reagan e George H.W. Bush, de 1980 a 1992, coincidiram com um declínio no uso de maconha. Embora o estudo se baseie em dados autorreferidos, as mudanças significativas nas taxas de uso sugerem transformações consideráveis nos padrões de consumo, refletindo a evolução das políticas e das percepções sociais sobre a maconha.

O mistério sobre por que cérebros humanos estão encolhendo

Os cérebros dos humanos modernos são cerca de 13% menores do que os dos Homo sapiens de 100 mil anos atrás, um fenômeno que intriga pesquisadores. Tradicionalmente, acredita-se que o "grande cérebro" humano nos diferencia de outros animais.
Comparados a outros animais, nossos cérebros são gigantescos 🧠 , tendo quadruplicado de tamanho nos últimos seis milhões de anos. Porém, no Homo sapiens, essa tendência se inverteu, com o tamanho médio do cérebro diminuindo nos últimos 100 mil anos.
Em 2023, Ian Tattersall, paleoantropólogo do Museu Americano de História Natural, observou essa redução nos volumes cranianos, constatando que nossos crânios são em média 12,7% menores do que os dos Homo sapiens da última era glacial.
🤯 Teorias Explicativas. A primeira diz que essa diminuição coincide com uma mudança de pensamento intuitivo para o "processamento de informação simbólica", possivelmente catalisada pela invenção da linguagem. E essa reorganização cerebral teria permitido cálculos mais complexos de forma metabolicamente eficiente. Entretanto, existe também o argumento de que as mudanças climáticas explicam melhor a redução dos cérebros, correlacionando períodos de aquecimento global com cérebros menores.
A Universidade de Cambridge, propõe que a transição para a agricultura há cerca de 10 mil anos resultou em deficiências nutricionais que afetaram o desenvolvimento cerebral.
Dartmouth College, sugere que o encolhimento do cérebro começou com o surgimento de sociedades complexas, onde o conhecimento e as tarefas eram compartilhados.
A Universidade de Tel Aviv, já argumenta que a pobreza e a desnutrição em grandes sociedades também poderiam ter desempenhado um papel.
A data exata do início do encolhimento cerebral é incerta devido à limitação do registro fóssil. Sabe-se que os cérebros dos Homo sapiens há mais de 20 mil anos eram maiores do que os atuais. A relação entre o tamanho do cérebro e a inteligência permanece complexa, e embora cérebros menores possam ser metabolicamente mais eficientes 🤔, ainda há muito a entender sobre seu impacto na nossa capacidade cognitiva.
O Apêndice foi promovido

(Reprodução: Gracia Lam)
Pesquisas recentes revelaram que o apêndice, muitas vezes considerado um órgão sem função, pode desempenhar papéis cruciais na manutenção da saúde. Uma análise da Epic Research sugere que o apêndice ajuda a combater infecções gastrointestinais comuns e potencialmente letais.
Estudos recentes indicam uma ligação entre o apêndice e as funções imunológicas do cólon humano, além de melhorias na saúde intestinal após infecções. Isso tem levado pesquisadores a buscar formas de tratar a apendicite sem remover o órgão,
Os pesquisadores da Epic analisaram dados de mais de 57.000 pacientes que tiveram seus apêndices removidos entre 2010 e 2021. O estudo revelou que o risco de infecção por Clostridioides difficile (C. diff) mais que dobrou após a remoção do apêndice. A correlação foi ligeiramente mais forte em homens.
Essas descobertas destacam a necessidade de reconsiderar a abordagem tradicional de remoção do apêndice em casos de apendicite. Em vez de uma remoção total, os pesquisadores estão explorando tratamentos que preservem o apêndice para aproveitar seus benefícios imunológicos.
O apêndice, outrora considerado até inútil 🥴, está ganhando nova atenção como um componente vital do sistema imunológico.

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