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Ele acordou da morte


☕️ Boa quinta-feira! Aceite o que você não pode mudar, mas tenha coragem para mudar o que pode.
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Destaques da 389º edição:
📉 Médicos são investigados por afirmar que ‘câncer de mama não existe’;
🇧🇷 Vagas de residência indo contra a demanda;
🇬🇧 Escândalo do sangue infectado no Reino Unido;
🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

Médicos são investigados por afirmar que ‘câncer de mama não existe’ e que ‘mamografia causaria a doença''

Em um cenário surreal durante o Outubro Rosa, médicos estão sendo investigados por espalharem informações falsas sobre o câncer de mama nas redes sociais. Lana Almeida e Lucas Ferreira Mattos, com milhares de seguidores, fazem declarações controversas:
Lana afirma que o câncer de mama não existe, enquanto Lucas sugere que a mamografia pode causar a doença. Essa postura gerou alarme nos Conselhos Regionais de Medicina e instituições como o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que repudiaram as falas.
❌ As publicações não só desinformam, mas também expõem os seguidores ao risco de ignorarem exames importantes. Mattos, com mais de 1,2 milhão de seguidores, reforça teorias contra a mamografia e defende que nódulos benignos seriam resultado de “deficiência de iodo", além de oferecer consultas online a preços elevados. Enquanto isso, Lana fechou seu perfil após a repercussão negativa, mas a desinformação já estava feita. Essas atitudes preocupam as instituições, pois enfraquecem campanhas de prevenção.
O Inca alertou para o perigo da desinformação, lembrando que o câncer de mama é comprovadamente um dos tipos mais comuns no Brasil e que o diagnóstico precoce salva vidas. Para o Inca e a Sociedade Brasileira de Mastologia, campanhas como Outubro Rosa existem para educar e evitar que falsas promessas desviem pacientes de tratamentos comprovados.
A mamografia é considerada um exame essencial, recomendado mundialmente para rastrear a doença e reduzir sua mortalidade.
🚨 A Sociedade Brasileira de Mastologia ainda aponta o crescimento de “terapiasmilagrosas” oferecidas por perfis sem respaldo científico.
DOBRADINHA DE BRASIL
Vagas de residência no país não acompanham aceleração de médicos formados

Apesar da crescente quantidade de médicos formados no Brasil, as vagas de residência não acompanham essa expansão. Em 2024, foram oferecidas 16.189 vagas, enquanto 27.263 novos médicos se formaram em 2023, deixando um déficit significativo de 11.074 vagas, conforme a pesquisa Demografia Médica no Brasil, realizada pela USP. E sabemos o quanto a residência médica é crucial para especializações e, em média, dura dois anos, mas pode chegar a cinco em áreas complexas, como neurocirurgia.
O aumento expressivo de estudantes de medicina (+71% entre 2018 e 2024) contrasta com o crescimento limitado das vagas de residência, que avançou apenas 26% no período. Essa disparidade nos entrega um futuro com falta de especialistas para atender à demanda do SUS, especialmente em regiões fora das capitais, onde a concentração de profissionais é menor.
Imagina-se uma escassez de especialistas até 2030, a menos que mais vagas sejam criadas.
Outro ponto crítico é o crescimento de pós-graduações em EAD e cursos de curta duração oferecidos por instituições privadas, considerados insuficientes para formação prática robusta. Essas modalidades são mais acessíveis financeiramente, mas levantam preocupações sobre a qualidade da formação oferecida — tem até casos de pós em cirurgia geral…

Escândalo do sangue infectado no Reino Unido

🩸 No Reino Unido, o escândalo do sangue contaminado chocou o público ao revelar que mais de 30.000 pessoas foram infectadas com HIV e hepatite C nos anos 70 e 80, após receberem produtos sanguíneos contaminados. Em um caso considerado o “maior desastre de tratamento da história do NHS”, autoridades de saúde sabiam do risco, mas falharam repetidamente em proteger os pacientes.
O governo britânico destinou £11,8 bilhões para compensação às vítimas, que podem receber valores baseados no impacto físico, social e financeiro.💲
🇧🇷 Se lembra das vítimas de sangues infectados do Brasil que mostramos aqui nas últimas semanas? Onde um laboratório do Rio de Janeiro está sendo investigado após dezenas de pacientes serem contaminados durante exames de rotina. Assim como no Reino Unido, o laboratório brasileiro falhou em adotar padrões de segurança, resultando em uma grave crise de confiança pública e na exigência de justiça para os pacientes afetados. Este incidente reacende a discussão sobre regulamentação e fiscalização dos serviços de saúde, além de questionar a ética e a transparência nas práticas laboratoriais.
No caso britânico, a investigação revelou que o uso de doadores de alto risco, como presidiários e usuários de drogas, aumentou o perigo, contaminando lotes inteiros de sangue com vírus mortais. Situações de desinformação e manipulação de dados também foram destacadas, como a omissão sobre alternativas mais seguras de tratamento.
No Brasil, a resposta das autoridades de saúde ao incidente no Rio é uma tentativa de prevenir uma situação semelhante, garantindo transparência nas investigações e revisando as práticas do laboratório envolvido.
➡️ Em ambos os países, pacientes e famílias exigem que essa crise seja tratada com seriedade e que medidas sejam tomadas para impedir novas tragédias no sistema de saúde.
Quando a vida diz ‘Não’: a história do homem que ‘acordou’ da morte

Imagine estar prestes a se despedir de um ente querido em um hospital, pronto para honrar seu desejo de ser um doador de órgãos. E aí, do nada, vem a notícia: ele acordou. Foi isso que aconteceu com TJ Hoover, um homem de 33 anos que, após uma overdose, foi considerado clinicamente sem chances de recuperação e preparado para a doação de órgãos. Mas, em uma reviravolta inexplicável, TJ abriu os olhos antes que sua vida fosse oficialmente encerrada.
🚨 A história de TJ, no entanto, é mais do que um milagre – é um alerta. Durante o processo, ele mostrou sinais de consciência e resistência, algo que, segundo os especialistas, deveria ter interrompido imediatamente os planos de doação. Esse evento gerou uma investigação formal e reacendeu o debate sobre as práticas éticas na doação de órgãos. Sem reformulação e vigilância rigorosas, é difícil garantir que histórias como a de TJ não se repitam.
TJ enfrentou uma longa recuperação, apoiado por sua irmã, que agora compartilha o relato para alertar outras famílias e prevenir erros semelhantes. O sistema de doação pode salvar vidas, mas também exige sensibilidade e respeito à vida dos doadores.
A história de TJ não só destaca os desafios e complexidades no sistema de transplantes, mas nos lembra de que o milagre da vida pode desafiar todas as previsões.