Ecstasy

📉 Cancelamento de planos para autistas; 📈 Um relato emocionante; 🇺🇸 Queda no número de mortes por overdose;

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Jogo da vida!

☕️ Bom dia! O sucesso não é determinado por quantas vezes você ganha, mas por como você joga na semana após a derrota.

Destaques da 317º edição: 

  • 📉 Cancelamento de planos para autistas;

  • 📈 Um relato emocionante;

  • 🇺🇸 Queda no número de mortes por overdose;

Planos de saúde cancelam contratos de pacientes com espectro autista e doenças raras

A operadora de planos de saúde Amil cancelou milhares de contratos coletivos por adesão, incluindo aqueles de crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), doenças raras e paralisia cerebral. Tudo isso tem gerado uma onda de ações judiciais e preocupação entre os beneficiários. 🚻

Os contratos, administrados em sua maioria pela Qualicorp, têm vencimento marcado para o final deste mês, e os cancelamentos têm sido justificados pelos altos índices de reajuste que não foram suficientes para equilibrar as despesas da operadora. 📉

A Amil confirmou os cancelamentos, especialmente aqueles que demonstram um "desequilíbrio extremo entre receita e despesa há pelo menos três anos", mas não divulgou o número total de contratos afetados. Segundo a legislação, contratos coletivos por adesão podem ser rescindidos unilateralmente, desde que a operadora avise os usuários com dois meses de antecedência.

  • A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) confirmou que é lícita a rescisão unilateral dos contratos coletivos, com exceção para os beneficiários em tratamento, os quais só podem ter o plano cancelado se estiverem internados, caso em que a operadora deve arcar com todos os custos até a alta hospitalar. 

A situação também afeta beneficiários da Unimed Nacional, como a manicure Luciana Soares Munhoz, cujos dois filhos no espectro autista dependem de terapia quatro vezes por semana. Após o cancelamento do plano, eles foram atendidos por meio de liminar até uma decisão final da Justiça. 

✍🏼 Em nota, a Unimed afirmou que cumpre rigorosamente a legislação e as normas que regem os planos de saúde, assim como todas as decisões judiciais cabíveis. A operadora garantiu que os planos citados permanecem ativos e que continua a prestar aos beneficiários todo o atendimento necessário. 

'Queria que meu filho morresse minutos antes de mim'

(Reprodução: Ximena Agrelo)

Ximena Agrelo, uma farmacêutica argentina, compartilha sua jornada como mãe de gêmeos, sendo um deles, Vicente, um jovem com autismo grave. A falta de autonomia do jovem de 18 anos, que não consegue fazer nada sozinho e tem dificuldades na fala, é uma constante preocupação, especialmente em relação ao futuro, quando ela não estiver mais presente. 

A descoberta do autismo de Vicente foi um momento difícil para Ximena e seu ex-marido, mas também foi de empoderamento para ela. Apesar da separação, eles mantêm um bom relacionamento e organizam uma rotina para que Vicente passe tempo tanto com o pai quanto com a mãe. E assim, eles consigam destinar mais tempo para o irmão Fidel também.

  • Ximena destaca a complexidade e os desafios que o autismo traz, que vão além da imagem muitas vezes romantizada da condição. Há a necessidade de discutir e planejar o futuro desses jovens autistas, que muitas vezes são esquecidos após a adolescência.

A mãe de Vicente também destaca a importância da saúde mental dos cuidadores, incentivando outras mães de crianças autistas a cuidarem de si mesmas. Ela reconhece os desafios emocionais e físicos de cuidar de um filho com autismo, descrevendo essa jornada como ter "um bebê para o resto da vida". 

A mensagem de Ximena é de aceitação, amor incondicional e cuidado, enfatizando que, apesar das dificuldades, o carinho e a dedicação são fundamentais para o bem-estar desses jovens especiais.

Estudos sobre ecstasy para TEPT são questionados

(Reprodução: Ana Miminoshvili)

Nesta semana, o  Instituto de Revisão Clínica e Econômica alertou em relatório sobre os possíveis efeitos nocivos dos ensaios clínicos que utilizam o medicamento ecstasy para tratar o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), o que faz com que sejam comprometidos devido aos preconceitos colocados sobre a mesa.

A importância da questão mora no fato de que a avaliação dessa influente organização pode complicar as perspectivas para essa terapia.

  • O ecstasy tem sido apontado como um tratamento promissor para veteranos com TEPT e faz parte de um grupo de drogas psicodélicas que se mostraram eficazes no tratamento de vícios e distúrbios de saúde mental

🤔 O que acontece a seguir? Consultores da Food and Drug Administration (FDA) se reunirão em 4 de junho para analisar um novo pedido de medicamento da Lykos Therapeutics, que supervisionou os ensaios clínicos. Vale lembrar que, uma petição à FDA no mês passado também destacou deficiências e riscos de segurança em torno da aplicação da Lykos. O esperado agora, é que o FDA tome uma decisão final sobre a aprovação até agosto

  • Por ser difícil de tratar, o TEPT geralmente precisa de uma combinação de medicamentos e psicoterapia, e o MDMA (nome químico do ecstasy) pode diminuir as respostas ao medo, facilitando as sessões de terapia.

O relatório de terça-feira concluiu que as evidências públicas disponíveis para a terapia assistida por MDMA são insuficientes e não pôde determinar a frequência de relatos incorretos de benefícios e danos. Preocupações foram levantadas sobre terapeutas encorajando relatos favoráveis e desencorajando relatos de danos substanciais, o que distorce os resultados- alguns pacientes relataram redução nos sintomas de TEPT, mas piora na condição geral.

Lykos segue se defendendo e criticanod o relatório do ICER. Investigadores e médicos envolvidos nos ensaios também negaram as acusações de dados não confiáveis, afirmando que não houve pressão para manipular resultados.

Mortes por overdose nos EUA caem pela 1ª vez desde a pandemia 

(Reprodução: Erin Schaff)

📊 As mortes por overdose de drogas nos Estados Unidos diminuíram no último ano, marcando a primeira queda desde o início da pandemia de COVID-19, de acordo com novos dados federais preliminares.

No geral, esta redução traz uma esperança rara em meio a uma crise de drogas, que já falamos aqui sobre, que aflige o país há mais de vinte anos e que ainda causa a morte de mais de 100 mil pessoas por ano.

  • As mortes por overdose de drogas caíram 3%, passando de 111.029 em 2022 para 107.543 em 2023, conforme os dados provisórios dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).]

  •  As mortes relacionadas ao fentanil e outros opioides potentes diminuíram de 76.226 em 2022 para 74.702 em 2023.

Mas, as mortes causadas pela cocaína e por estimulantes como a metanfetamina continuaram a subir, já que essas substâncias são frequentemente misturadas com fentanil. Aproximadamente 1 em cada 3 overdoses fatais em 2023 envolveu estimulantes, enquanto pouco mais de 1 em cada 4 envolveu cocaína. 😵

Alguns estados registraram quedas significativas nas mortes por overdose, com reduções superiores a 15% em Indiana, Nebraska, Kansas e Maine. Entretanto, estados do oeste, como Alasca, Oregon e Washington, observaram aumentos acentuados, superiores a 27%.

🔎 A diminuição nas mortes por drogas é uma "notícia encorajadora" que indica progresso na luta contra a epidemia, embora as overdoses ainda causem mortes em "números alarmantes", este avanço deve nos motivar a intensificar os esforços, sabendo que as estratégias estão funcionando.

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