- The DNA News
- Posts
- CFM contra a residência médica
CFM contra a residência médica


☕️ Ótima semana! Nem todo mundo sabe lidar com quem transborda. Não se apequene a caber.
Não deixe de marcar o DNA no instagram (@newsthedna) para a gente te repostar 😉.
Destaques da 390º edição:
📈 Ozempic falsificado;
🇧🇷 O Brasil entre os países mais estressados do mundo;
🔮 O que virá nas receitas médicas do futuro;
🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

CFM entra na Justiça contra cotas na residência médica

O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com uma ação civil pública contra as cotas em residência médica, um tema que gerou discussões intensas no setor. A ação contesta a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), pela reserva de 30% das vagas para pessoas com deficiência, negros, indígenas e moradores de quilombos.
Segundo o CFM, essas cotas geram “vantagens injustificáveis” e fomentam “discriminação reversa” dentro da área médica.
🎓 Inclusão ou desigualdade? O Exame Nacional de Residência (Enare), realizado em outubro, ofereceu quase 5 mil vagas de residência médica e mais de 3.800 para outras áreas da saúde. Porém, a política de cotas gerou atrito. O CFM argumenta que a seleção deveria ser baseada exclusivamente no mérito acadêmico, ainda que o conselho reconheça a importância de políticas de inclusão. Para o CFM, a medida prejudicaria a igualdade na disputa por essas vagas.
Ebserh e Fiocruz apoiam. Em contrapartida, a Ebserh defende que as cotas são legais e possuem respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa, vinculada ao Ministério da Educação, explica que as cotas no Enare buscam refletir a diversidade demográfica do país e tornar o sistema de saúde mais inclusivo. A Fiocruz também manifestou apoio, apontando a desigualdade histórica na formação em saúde para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
🚶♀️ Próximos passos. O resultado do Enare será divulgado em dezembro, e as convocações estão previstas para janeiro. A discussão sobre cotas promete continuar e coloca em pauta o equilíbrio entre mérito e inclusão na residência médica.
Vote:
Sobre cotas na residência médica |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
DOBRADINHA DE BRASIL
Paciente quase morre ao comprar Ozempic falsificado

A polícia investiga um golpe em que criminosos substituem canetas de Ozempic por versões falsificadas, contendo insulina. Pacientes, sem saber da troca, sofrem graves efeitos colaterais, como glicemia baixa e desmaios. Em um caso, uma mulher foi internada na UTI após aplicar o medicamento falsificado, acreditando ser o original.
Sabemos que o Ozempic é seguro com a substância semaglutida, mas a insulina reduz drasticamente a glicose no sangue de quem não precisa dela.
Uma endocrinologista percebeu o problema ao notar que a caneta de uma paciente apresentava sintomas incomuns, resultando em glicose extremamente baixa, o que pode causar parada cardiorrespiratória.
🚨 Além disso, farmácias têm sido vítimas de um esquema engenhoso: golpistas encomendam o medicamento, trocam pela versão falsa e devolvem ao entregador, alegando desistência da compra. A farmácia, sem desconfiar, acaba vendendo o produto adulterado ao próximo cliente.
Para evitar o golpe, a fabricante Novo Nordisk e a Anvisa lançaram uma campanha informativa, ajudando consumidores e farmácias a identificar canetas originais e falsificadas. A polícia continua as investigações e já ouviu algumas vítimas e testemunhas.
O Brasil entre os países mais estressados do mundo e a geração Z é a mais impactada

🇧🇷 O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking global de estresse, conforme o relatório “World Mental Health Day 2024” do Instituto Ipsos. O estudo, divulgado em outubro, indica que 77% dos brasileiros estão conscientes sobre a importância da saúde mental, número que cresceu consideravelmente desde a pandemia.
Hoje, 54% consideram a saúde mental o principal desafio de saúde no país, um aumento expressivo em relação aos 18% de 2018.
O relatório entrevistou 23.274 pessoas em 31 países, como Brasil, Austrália, Alemanha e Japão, entre outros. Globalmente, 62% dos entrevistados afirmam ter sofrido de estresse que impactou sua vida cotidiana ao menos uma vez, ressaltando que a saúde mental é uma preocupação crescente em várias regiões.
No Chile, por exemplo, 69% consideram a saúde mental o maior problema de saúde; No Brasil, o número é de 54%.
As mulheres da geração Z (nascidas entre 1997 e 2012) são as mais afetadas pelo estresse, com 46% relatando impactos significativos em sua rotina, enquanto apenas 33% dos homens da mesma faixa indicam o mesmo. Entre os Millennials (1981–1996), 37% se sentem tão estressados que isso afeta sua vida diária, e 22% mencionam afastamento temporário do trabalho devido ao estresse. Gerações anteriores, como os Baby Boomers (1945–1964), registram níveis menores de impacto: 25% entre as mulheres e 19% entre os homens.
➡️ Esse é o reforço do impacto crescente do estresse, sobretudo entre os jovens, e a urgência em fortalecer o apoio à saúde mental.

Sua próxima receita médica pode incluir um aplicativo

Reguladores federais enfrentam uma nova tendência: medicamentos integrados a aplicativos, que incentivam a adesão ao tratamento e ajudam a monitorar sintomas e efeitos colaterais. Nos EUA, a FDA está ajustando seus parâmetros para garantir a segurança desses softwares, com impacto significativo no tratamento de condições crônicas como depressão e obesidade.
Essa combinação pode ampliar o valor clínico de medicamentos e facilitar o gerenciamento de tratamentos complexos. Desde 2017, a FDA discute como incluir softwares no rótulo de medicamentos prescritos. Recentemente, aprovou um aplicativo da Click Therapeutics e Otsuka Pharmaceutical para acompanhar o uso de antidepressivos, fortalecendo a segurança e eficácia do tratamento.
🔎 Para doenças complexas, os Programas Digitais de Uso Relacionado ao Medicamento (PDURS) podem ajudar os pacientes a tomarem remédios corretamente e a monitorarem possíveis efeitos adversos. Por exemplo, em medicamentos GLP-1 (como Wegovy), os aplicativos podem reduzir a interrupção precoce dos tratamentos devido a efeitos colaterais.
🚀 Esse avanço traz questões sobre prescrição e reembolso, influenciando as seguradoras a diferenciarem esses medicamentos dos genéricos. Segundo David Klein, CEO da Click Therapeutics, aplicativos médicos podem preencher lacunas importantes. Já Andy Molnar, CEO da Digital Therapeutics Alliance, acredita que as farmacêuticas precisarão decidir como adaptar cada molécula aos padrões PDURS.
Empresas do setor, como PhRMA e BIO, pedem que esses produtos sigam os mesmos padrões que medicamentos convencionais. Esse movimento pode transformar o mercado de saúde, tornando o software um diferencial competitivo entre medicamentos.