Blue Mind

📈 Ansiedade e Parkinson; 🤖 Diagnósticos com IA; 🕶 Uma cirurgia inovadora no Brasil;

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Destaques da 338º edição:

  • 📈 Ansiedade e Parkinson; 

  • 🕶 Uma cirurgia inovadora no Brasil; 

  • 🤖 Diagnósticos com IA;

Blue Mind: por que a água tranquiliza as pessoas

(Reprodução: Natalie Peeples​​)

Você sabia que a expressão "blue mind" descreve o estado de paz encontrado ao estar perto da água? Estar perto, dentro ou sobre a água alivia o estresse e estimula a criatividade no cérebro, conforme aponta a pesquisa.

O conceito "blue mind" foi originado pelo biólogo marinho Wallace J. Nichols, conhecido por seu trabalho em ciência e conservação. Em seu best-seller "Blue Mind", ele descreve o fenômeno como um "estado meditativo suave" inspirado pela água, aproveitando as conexões neurológicas formadas ao longo de milênios, ainda descobertas por tecnologias modernas, como EEG e fMRI.

🔎 Estudos recentes quantificam o poder restaurador do mar. Menos de dois minutos olhando para a água ao ar livre ativam o sistema nervoso parassimpático, reduzindo a pressão arterial e a frequência cardíaca, segundo o psicólogo organizacional Adam Grant. Uma explicação possível é que, como estar atento a sinais visuais de água ajudou nossos ancestrais a evitar a desidratação, a mera visão da água pode ser um alívio.

🌊 Viver perto da água melhora o bem-estar, ajustado para idade e fatores socioeconômicos. Estar próximo a espaços azuis pode ser mais benéfico do que proximidade a espaços verdes. Até mesmo vistas de água através de janelas e obras de arte ajudam pacientes a se recuperarem mais rápido- níveis mais baixos de ansiedade e menos medicação para dor em comparação com aqueles que viam designs abstratos, painéis brancos ou cenas de floresta.

  • Em outro estudo, observar um aquário antes de uma cirurgia oral foi mais eficaz que a hipnose para induzir relaxamento.

O livro relata que o oceano é o oposto das telas cheias de notificações que causam ansiedade, sendo a água uma "receita perfeita para desencadear uma atenção involuntária e relaxante". 💧 A água muda constantemente, mas é familiar, entretendo nosso cérebro com novidade e um fundo regular e calmante.

Ansiedade pode dobrar risco de desenvolver Parkinson, revela estudo

CIÊNCIA

(Reprodução: Lan Truong)

Um novo estudo publicado no British Journal of General Practice revela que pessoas com ansiedade têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença de Parkinson. Além disso, sintomas associados ao Parkinson, como depressão, distúrbios do sono, fadiga, comprometimento cognitivo, hipotensão, tremor, rigidez, desequilíbrio e constipação, também podem ser fatores de risco em indivíduos com ansiedade.

Dados. Pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, conduziram o estudo utilizando dados de cuidados primários britânicos entre 2008 e 2018. Eles analisaram 109.435 pacientes que desenvolveram ansiedade após os 50 anos e compararam esses dados com os de 878.256 pacientes sem o transtorno de ansiedade. 

  • 🎯 O objetivo foi rastrear a presença de sintomas relacionados ao Parkinson desde o diagnóstico de ansiedade até um ano antes do diagnóstico de Parkinson, a fim de entender melhor o risco de cada grupo desenvolver a doença ao longo do tempo.

📈Os resultados indicaram que pessoas com ansiedade têm um risco duas vezes maior de desenvolver Parkinson, mesmo após ajustes para fatores como idade, sexo, privação social, estilo de vida, doenças mentais graves, traumatismo cranioencefálico e demência. 

🗣️Juan Bazo Alvarez, pesquisador da UCL e co-autor principal do estudo, destacou a importância desses achados. "A ansiedade é conhecida por ser uma característica dos estágios iniciais da doença de Parkinson, mas antes do nosso estudo, o risco prospectivo de Parkinson em pessoas com mais de 50 anos com ansiedade de início recente era desconhecido", explicou Alvarez. Ele espera que, ao compreender a ligação entre ansiedade e o risco aumentado de Parkinson, seja possível detectar a doença mais cedo e oferecer tratamento adequado aos pacientes.

Sírio-Libanês faz cirurgia com óculos de realidade mista para remoção de tumor 

(Reprodução: Shira Inbar)

O Hospital Sírio-Libanês realizou um procedimento cirúrgico inovador ao utilizar 👓 óculos de realidade mista para a remoção de um tumor pulmonar. A cirurgia, uma Segmentectomia Pulmonar Anatômica Robótica, ocorreu no dia 11 de maio e contou com a visualização de dados em 3D, proporcionando maior precisão e menos invasividade.

  • O paciente. José Maria Cardoso de Sena, de 65 anos, ex-fumante e praticante de atividades físicas, foi diagnosticado com câncer de pulmão 🫁 após uma tomografia em outubro de 2023, seguida de uma biópsia em março de 2024. 

🩺 Durante o procedimento, os óculos ajudaram a visualizar dados de diferentes fontes em um formato tridimensional. Esse recurso permitiu uma percepção detalhada da anatomia pulmonar de José, facilitando a remoção precisa e menos traumática do tumor. A operação durou cerca de três horas e foi um sucesso, com José relatando uma recuperação rápida e sem complicações significativas.

A aplicação desta tecnologia não se limita ao câncer de pulmão. A Segmentectomia Pulmonar Anatômica Robótica também pode tratar outras condições pulmonares, como enfisema e malformações em crianças. O pioneirismo do Sírio-Libanês em incorporar a realidade mista à cirurgia é um marco na medicina brasileira, prometendo transformar diversos procedimentos médicos.

Impulsionando os diagnósticos com IA

O FUTURO DA SAÚDE

(Reprodução: Gabriella Turrisi)

A inteligência artificial está transformando radicalmente a medicina ao possibilitar o diagnóstico precoce de doenças com base em dados complexos e padrões sutis. Tradicionalmente, muitos diagnósticos dependem da identificação de marcadores biológicos conhecidos ou do conhecimento prévio do clínico sobre o que procurar.

  • Com o poder de analisar grandes volumes de dados rapidamente, a IA consegue identificar padrões que poderiam passar despercebidos pelos métodos tradicionais. Essa capacidade torna os diagnósticos médicos mais precisos, personalizados e preditivos. 

🔎 Descobertas. Pesquisadores da Universidade de Pequim descobriram que padrões de temperatura facial, detectados por câmeras térmicas e IA, estão correlacionados com diversas doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Outro avanço significativo veio da Universidade da Colúmbia Britânica, onde um subtipo específico de câncer de endométrio foi identificado. Em estudos recentes, também foi demonstrado que a IA pode diagnosticar a doença de Parkinson até sete anos antes dos sintomas aparecerem, utilizando análises de sangue combinadas com algoritmos avançados. 

Para os profissionais de saúde, a IA não substitui, mas complementa suas habilidades, servindo como uma forma de "realidade aumentada" que os ajuda a tomar decisões mais informadas e precisas. No entanto, questões sobre a transparência dos dados e a representação diversificada dos pacientes nos conjuntos de dados continuam sendo desafios importantes a serem abordados para garantir a precisão e a equidade dos algoritmos. 

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