Astronautas terão que reciclar a urina

⚖️ Dois médicos condenados; 📉 Flexibilidade reduz mortalidade; 📈 A maior taxa de suicídio do mundo;

☕️ Bom dia! Nada vai funcionar se você se dedicar só às vezes.

Destaques da 359º edição: 

⚖️ Dois médicos condenados;

📉 Flexibilidade reduz mortalidade;

📈 A maior taxa de suicídio do mundo; 

🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

Como ficará a saúde dos astronautas que estão presos no espaço?

(Reprodução: NASA)

👩‍🚀 Uma viagem espacial de dias se transformou em uma missão de meses. Foi o que aconteceu com os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams, que, ao invés de apenas oito dias, agora encaram a realidade de passar até oito meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) — devido a problemas técnicos com a cápsula espacial. 

Como ficam o corpo quanto a mente desses astronautas? Estudos como o projeto TWINS têm mostrado que essas condições extremas podem ter efeitos duradouros e, muitas vezes, irreversíveis.

Riscos. A microgravidade, embora fascinante, apresenta sérios riscos à saúde, como a perda de densidade óssea, problemas de visão e a formação de cálculos renais. Para piorar, a exposição contínua à radiação espacial aumenta significativamente o risco de câncer e danos ao DNA

🌎 No retorno à Terra. Apesar dos sofisticados sistemas de suporte de vida da ISS, que garantem alimentação, água e acompanhamento psicológico, os desafios são vários. 

Barry disse ontem ao The Mirror que será necessário reciclar a urina para sobreviverem: "pode ser uma experiência sombria, será necessário reciclar a urina. Isso parece nojento, mas quando chega até você, é só água pura de novo".

Ao retornarem à Terra, eles serão submetidos a um extenso monitoramento para avaliar as sequelas de sua prolongada exposição às duras condições espaciais. A recuperação será cuidadosa, mas os impactos dessa missão extraordinária serão sentidos por muito tempo.

Esse cenário sublinha a necessidade urgente de desenvolver novas tecnologias e estratégias para proteger os astronautas em missões futuras, especialmente à medida que a humanidade se prepara para explorar destinos ainda mais distantes, como a Lua e Marte.

DOBRADINHA DE CIÊNCIA

Ter maior flexibilidade reduz mortalidade em homens e mulheres

(Reprodução: Giphy)

Um novo estudo liderado por pesquisadores brasileiros revelou que pessoas com maior amplitude de movimento em suas articulações tendem a viver mais. 

A pesquisa, publicada no Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, acompanhou mais de 3.000 indivíduos, com idades entre 46 e 65 anos, e mostrou que aqueles com maior flexibilidade tinham uma chance significativamente menor de morrer durante o período de acompanhamento de 13 anos.

🕳 Aprofundando. O envelhecimento natural tende a reduzir nossa flexibilidade, aumentando o risco de quedas e outros problemas que podem ser fatais em idades mais avançadas. Homens com menor pontuação no teste usado no estudo tinham quase o dobro de risco de morrer — enquanto para mulheres esse risco era quase cinco vezes maior.

  • O teste usado é o Flexiteste é uma técnica de avaliação da flexibilidade que envolve 20 movimentos pontuados por um especialista, analisando sete articulações para uma visão abrangente das capacidades articulares.

💃🏻 Mas como podemos melhorar nossa flexibilidade? Práticas como ioga, pilates e até mesmo a dança se destacam como opções eficazes. Um estudo recente apontou que, após 16 semanas de treino, os participantes experimentaram um aumento significativo na flexibilidade e equilíbrio, fatores cruciais para um envelhecimento saudável. 

  • Na Universidade Federal do Pará (UFPA), por exemplo, um projeto de danças amazônicas para pessoas com Parkinson mostrou melhorias impressionantes em apenas 12 semanas.

💪🏼 Mas não é apenas a flexibilidade… combiná-la com treinos de força pode potencializar os benefícios. Trabalhar essa habilidade desde a juventude pode ser a chave para uma vida longa e com qualidade na terceira idade.

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O pequeno país com a maior taxa de suicídios do mundo

(Reprodução: Divulgação)

🇱🇸 Lesoto, conhecido como o "reino no céu" por sua altitude, carrega um fardo sombrio, a maior taxa de suicídios do mundo. Com 87,5 suicídios para cada 100 mil habitantes (quase 10 vezes mais que a média global), o país enfrenta uma crise silenciosa que afeta famílias em todos os cantos das suas montanhas. 

Qual o motivo motivos? Os desafios de saúde mental em Lesoto são agravados pela falta de diálogo e apoio profissional adequado. Em um país onde 86% das mulheres enfrentam violência de gênero e dois em cada cinco jovens estão desempregados, as pressões sociais e econômicas intensificam o sofrimento psicológico. Sem apoio, muitos se veem em um beco sem saída.

👨🏽‍⚖️ Políticas. O governo de Lesoto, reconhecendo a gravidade da situação, está desenvolvendo uma política nacional de saúde mental. Inspirado pelo sucesso da luta contra o HIV no país, o plano busca promover o tratamento adequado e acabar com o estigma que impede tantas pessoas de buscar ajuda. 

🏔️ Enquanto isso, nas montanhas,muitos continuam a enfrentar a dor da perda, mas também a espalhar a mensagem de que conversar é o primeiro passo para salvar uma vida.

Dois médicos perdem a certificação por desinformação sobre a COVID-19

(Reprodução: Dall-E 3 | The DNA News)

O Conselho Americano de Medicina Interna (ABIM) revogou a certificação de dois médicos envolvidos na promoção da ivermectina como tratamento para COVID-19. Pierre Kory e Paul Ellis Marik perderam suas certificações em medicina intensiva, doenças pulmonares e medicina interna. 

🔎 Aprofundando. Uma instituição fundada pelos dois médicos em 2020 ganhou notoriedade durante a pandemia ao defender o uso de ivermectina — que posteriormente foi comprovada como ineficaz no combate à COVID-19

  • Atualmente, o grupo promove tratamentos alternativos para "lesões vacinais" e doenças como a Lyme, mantendo-se no centro de controvérsias

Repercussão. Apesar de Kory e Marik argumentarem que essa decisão fere os princípios de liberdade de expressão e debate científico, especialistas afirmam que a ação da ABIM é essencial para manter os limites do padrão de cuidados médicos.

Será que a decisão tem volta? Kory e Marik estão avaliando as opções legais para reverter essa decisão, mas o que fica claro é a importância da nossa responsabilidade como profissionais de saúde em relação à informação que divulgamos. 

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