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Amigos te fazem viver mais
🖋️ Tatuagens causam câncer? 💊 A droga queridinha dos faria limers; 📈 O sexto sentido de alguns atletas olímpicos;


O medo sempre estará presente
☕️ Bom dia! A coragem não é a ausência do medo, mas a força para seguir em frente apesar dele.
Destaques da 352º edição:
🖋️ Tatuagens causam câncer?
💊 A droga queridinha dos faria limers;
📈 O sexto sentido de alguns atletas olímpicos;
🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

As tatuagens podem causar câncer no sangue ou na pele?

(Reprodução: Chad Batka)
✒️ Tatuagem é a forma de arte corporal mais popular que existe. Segundo uma pesquisa do Pew Research Center de 2023, 32% dos americanos possuem pelo menos uma tatuagem e 22% têm várias. Tatuagens podem ter significados importantes ou somente trazer uma beleza a mais para o corpo.
⚠️ No entanto, há preocupações sobre os possíveis impactos das tatuagens na saúde. Pesquisas recentes sugerem uma ligação entre tatuagens e um aumento no risco de câncer, especialmente câncer de sangue.
🔎 Um estudo publicado em julho de 2024 na ASM Journals analisou 75 amostras de tintas de tatuagem e maquiagem permanente usadas nos Estados Unidos e descobriu que 26 delas estavam contaminadas com bactérias causadoras de infecção, como Staphylococcus epidermidis e Cutibacterium acnes.
Ainda mais preocupante, uma pesquisa da Universidade de Lund, na Suécia, publicada no eClinical Medicine, encontrou uma ligação entre tatuagens e um risco 21% maior de linfoma, um tipo de câncer de sangue.
🔬 Os pesquisadores analisaram dados do Registro Nacional de Câncer da Suécia, focando em pessoas de 20 a 60 anos diagnosticadas com linfoma entre 2007 e 2017.
O fato dos estudos já terem alguns anos, traz à tona a necessidade de mais investigações e análises sobre o assunto, que assusta grande parte da população mundial.
É por isso que seus amigos te fazem viver mais

(Reprodução: Giphy )
Sabemos que a rede de relacionamentos pode influenciar sua saúde tanto quanto sua rotina de exercícios. David Robson, autor de um novo livro sobre nossos relacionamentos, explora as evidências e razões dessa ligação surpreendente.
O fato é que pessoas com redes de relacionamento bem desenvolvidas tendem a ser muito mais saudáveis do que aquelas que se sentem isoladas. A relação entre nossas interações sociais e longevidade é tão forte que a OMS criou uma Comissão sobre Conexões Sociais, considerada uma "prioridade de saúde global". 🥇
O modelo de saúde "biopsicossocial" tem crescido há décadas. Durante a pesquisa para meu livro The Laws of Connection, descobriu-se que nossas amizades influenciam desde a resistência do sistema imunológico até a possibilidade de doenças cardíacas.
Em 1960, o médico Lester Breslow identificou hábitos essenciais para a longevidade, como não fumar, beber moderadamente, dormir bem, fazer exercícios, evitar guloseimas, manter o peso adequado e tomar café da manhã. Esses hábitos são conhecidos como "Alameda 7".
Em 1979, Lisa Berkman e S. Leonard Syme descobriram um oitavo fator: conexões sociais. Pessoas com mais laços sociais tinham metade da probabilidade de morrer em comparação com aquelas com redes menores, mesmo considerando fatores como saúde inicial, consumo de cigarro e prática de exercícios.
🤗 Vale lembrar que todos os tipos de relacionamentos são importantes, mas alguns são mais significativos. O senso de conexão com o cônjuge e amigos próximos oferece maior proteção, mas até mesmo conhecidos casuais ajudam a afastar doenças.
Por isso, é importante que os introvertidos também procurem aprender a ser mais sociáveis, fortalecendo suas habilidades sociais. Cultivando laços antigos e novos pode lhes dar mais uns bons anos de vida.

HERÓIS OLÍMPICOS
🎖️Atletas olímpicos com deficiência visual usam um ''sexto sentido'' para competir

(Reprodução: Hannah Mckay/Reuters)
A falta de visão não é um obstáculo para a conquista de medalhas. Stephen Nedoroscik, especialista em cavalo com alças dos EUA, abandonou seus óculos antes de competir e, confiando em suas mãos e propriocepção, garantiu sua segunda medalha de bronze.
Sua rotina é guiada pela sensação do corpo em movimento, e não pela visão, demonstrando uma habilidade de adaptação.
Outros destaques:
🏊♂️ O nadador irlandês Daniel Wiffen, que também abriu mão dos óculos antes de conquistar o ouro nos 800m livre.
🤸♀️ E a ginasta brasileira Rebeca Andrade, nossa campeã olímpica, afirmou que não consegue ver o aparelho de salto ao se lançar, mas confia totalmente em seu corpo e em sua preparação.
Estudos apontam que atletas que não têm visão podem usar ferramentas de visualização da mesma forma — é como se fossem imagens mentais. Eles visualizam e sentem o movimento… Como disse Nedoroscik, "Eu não preciso ver para saber o que estou fazendo. Eu faço isso pela sensação."
Essa capacidade de adaptação se deve à neuroplasticidade, que permite ao cérebro reconfigurar-se para compensar a perda de um sentido, como a visão. Isso envolve uma maior dependência da propriocepção, o "sexto sentido", que é a percepção do corpo no espaço.
Hoje a terapia gênica é um dos tratamentos para a deficiência visual e com o passar do tempo, novas ferramentas podem ficar disponíveis.

Venvanse: a droga queridinha da Faria Lima

Em meio à pressão por alta performance e produtividade, funcionários de grandes empresas da Faria Lima encontram-se em um ciclo vicioso, marcando consultas com endocrinologistas que fazem consultas de 5 minutos e que receitam Venvanse e até Ozempic.
🗣️ "A consulta foi caríssima e rápida. Eu e meu marido saímos com a mesma receita para emagrecer e aumentar o foco," diz Marta.
Venvanse, usado originalmente para tratar TDAH e compulsão alimentar, aumenta os níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro, substâncias que ajudam na regulação do humor e do comportamento impulsivo.
No entanto, seu uso sem diagnóstico adequado pode causar efeitos adversos sérios, como insônia, ansiedade e irritabilidade. Os médicos alertam que não são medicamentos indicados unicamente para melhorar o desempenho no trabalho.
🕴️ O uso comum do Venvanse dentre as grandes empresas cria a dinâmica de "doping corporativo". Especialistas dizem que a sensação de produtividade é ilusória para quem não tem TDAH, mas a pressão por resultados leva muitos a priorizarem o desempenho sobre a saúde.
A venda ilegal de Venvanse cresce, facilitada por redes sociais e farmácias não regulamentadas, com preços que podem chegar ao dobro do valor legal. A Anvisa tem investigado o comércio clandestino
Aprofundando. Com a possível quebra de patente do medicamento em 2024, especialistas temem que o acesso mais fácil ao remédio possa aumentar ainda mais seu uso indiscriminado.