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A solidão mata


☕️ Bom dia! Sempre que estiver esperando a ‘’hora certa’’ para fazer algo, lembre-se dos adesivos dos seus cadernos de infância. Você usou todas as figurinhas?
Destaques da 393º edição:
📈 Essa cientista tratou o seu próprio câncer;
👨🎨 Câncer de mama na Capela Sistina;
🪑 Não é bom ficar muitas horas sentado…
🩺 Quem acompanha a saúde, lidera a mudança!

Câncer de mama na Capela Sistina? Michelangelo pode ter retratado mulher com a doença

(Reprodução: The Breast)
Um recente estudo trouxe uma interpretação interessante entre arte e medicina, em um diagnóstico inusitado. O assunto se baseia no afresco de Michelangelo na Capela Sistina. Cientistas acreditam que a figura feminina na cena "O Dilúvio" exibe sinais visuais que lembram sintomas de câncer de mama, sugerindo que o artista pode ter incluído esses detalhes na obra, de forma intencional ou subconsciente.
🔍 Investigando pinturas. Para chegar a essa conclusão, especialistas usaram uma técnica chamada iconodiagnóstico, que une arte e ciência médica para identificar sinais de doenças em obras clássicas. No caso, observou-se que a mama direita da mulher apresenta retrações e deformidades, enquanto a esquerda parece normal, o que pode indicar a presença de uma condição patológica.
A análise sugere ainda que Michelangelo pode ter se inspirado em sua própria mãe, Francesca Del Sera, ao criar a figura feminina. O bebê chorando ao fundo seria uma referência ao artista quando jovem. O realismo com que Michelangelo trata a anatomia humana se deve, em parte, aos estudos anatômicos que iniciou aos 17 anos, permitindo que ele captasse nuances de várias condições físicas.
🌎 Arte que inspira e transcende o tempo. Esta nova interpretação do afresco na Capela Sistina mostra como a combinação de história e medicina permite que as grandes obras revelem camadas profundas e complexas da experiência humana. A descoberta lembra que a arte não é apenas beleza, mas também uma expressão da vida em todas as suas realidades e simbolismos.

Longas horas sentado é um risco silencioso para a saúde

Ficar sentado por muito tempo pode ser mais prejudicial do que se imagina. Estudos recentes mostram que, embora o corpo humano seja adaptado ao movimento, o sedentarismo prolongado pode trazer graves consequências. Mesmo que muitos cumpram as recomendações de exercícios semanais, o hábito de passar longos períodos sentado pode anular parte dos benefícios, contribuindo para um envelhecimento precoce e aumentando o risco de problemas de saúde, como diabetes tipo 2.
Riscos para o coração e corpo. O efeito de passar horas sentado afeta o coração, articulações, metabolismo e até o bem-estar mental. Segundo a American Heart Association, períodos de 30 minutos já são suficientes para impactar a saúde cardiovascular e aumentar os riscos de doenças cardíacas e derrames. Além disso, esse estilo de vida sedentário influencia diretamente a energia e o humor, elevando as chances de depressão e ansiedade.
🏃♀️ A importância de pausas ativas. Para minimizar os danos, recomenda-se adicionar breves intervalos de movimento ao longo do dia. Caminhar por dois minutos, fazer alongamentos e, se possível, ajustar a posição do corpo a cada 15 a 30 minutos são medidas simples e eficazes. Especialistas também sugerem adicionar exercícios leves, como elevações de panturrilha ou alongamentos dos braços, para ativar os grandes músculos que ficam "adormecidos" ao longo do dia.
💡 Incorporando o movimento na rotina. Para quem passa o dia sentado, dobrar o tempo de atividade física semanal pode ser necessário. Usar alarmes como lembretes para pausas de movimento, alternar entre períodos em pé e sentado, e até realizar pequenas sessões de exercício ao longo do dia ajudam a manter o corpo em movimento. Mesmo pequenas mudanças na rotina, como movimentar os pés ou ajustar a postura, fazem a diferença e contribuem para uma vida mais saudável e ativa.
A solidão é uma ameaça séria para o cérebro e o corpo

(Reprodução: Jialun Deng)
🌫️ Apesar de vivermos num mundo hiperconectado, a solidão afeta 1 em cada 3 adultos nos EUA, com impactos graves na saúde física e mental, comparáveis ao tabagismo e à obesidade. Em 2023, o Cirurgião Geral dos EUA descreveu a solidão como uma epidemia nacional, pedindo maior ênfase em conexões sociais como prioridade de saúde pública.
Pesquisas mostram que a solidão é um risco significativo para doenças cardiovasculares, depressão, demência e até mortalidade precoce. A North Dakota State University, explica que a solidão é um sentimento subjetivo de desconexão, diferente do isolamento social, que é uma medida objetiva de interação social. Estudos revelam que a solidão afeta diretamente áreas cerebrais responsáveis por emoções e confiança, tornando as interações sociais mais difíceis e reduzindo hormônios como a ocitocina, ligada ao vínculo afetivo.
💡 Intervenções com terapia em grupo, por exemplo, têm demonstrado reduzir a solidão, mas a inclusão de ocitocina não apresentou efeitos significativos em longo prazo.
A solidão ativa áreas do cérebro relacionadas ao desejo e à necessidade de conexão, sugerindo ser um instinto básico, similar à fome.
Especialistas concordam que, para enfrentar a solidão, é preciso apoio e intervenções que respeitem o contexto individual de cada pessoa, priorizando recursos e treinamento para que profissionais de saúde compreendam sua importância como fator de risco real.
Cientista tratou seu próprio câncer com vírus que ela desenvolveu

(Reprodução: Eye Of Science)
Essa história parece ficção científica, mas é 100% real. Imagine uma cientista que, ao invés de seguir tratamentos convencionais, decidiu enfrentar o próprio câncer de mama injetando um vírus que ela mesma cultivou em laboratório. Essa é a jornada de Beata Halassy, uma virologista da Universidade de Zagreb, que encarou seu segundo tumor de forma nada convencional – e com resultados impressionantes.
🧬 O plano nada ortodoxo. Quando o câncer reapareceu, Beata optou por uma abordagem nova chamada viroterapia oncolítica (OVT), uma técnica que usa vírus para atacar células cancerígenas e provocar o sistema imunológico a reagir.
🦠 Ela escolheu dois vírus seguros para humanos, incluindo o do sarampo, e os aplicou diretamente no tumor. O resultado? O câncer foi diminuindo, ficando menos agressivo e permitindo que a cirurgia fosse muito mais tranquila.
É uma boa ideia? Os especialistas ficaram apreensivos de início e alertam que o sucesso de Beata não é um “faça você mesmo” seguro. A autoexperimentação na medicina é super controversa, mas o caso dela reacendeu o debate. Publicar esse estudo foi difícil, pois os editores temem que outros tentem replicar sem a segurança necessária. Beata, no entanto, acha improvável que qualquer pessoa consiga fazer algo tão específico sem conhecimento científico avançado.
🔮 O futuro. Depois dessa experiência marcante, o trabalho de Beata nunca mais foi o mesmo. Inspirada por sua própria jornada, ela agora quer investigar se a viroterapia pode ajudar a tratar câncer em animais domésticos. É uma história que mostra o poder da ousadia na pesquisa e levanta novas questões sobre os limites – e as possibilidades – do uso de vírus no combate ao câncer.