40% dos médicos não estão bem

🇺🇸 A escassez de profissionais de saúde; 💨 SP no topo do mundo (por um péssimo motivo); 💛 A história que deu origem ao Setembro Amarelo; 📈 Crianças e adolescentes em perigo;

☕️ Bom dia! A cura não vem do esquecer, vem do lembrar de sentir dor. É um processo.

Destaques da 367º edição: 

🇺🇸 A escassez de profissionais de saúde; 

💨 SP no topo do mundo (por um péssimo motivo);

💛 A história que deu origem ao Setembro Amarelo; 

📈 Crianças e adolescentes em perigo;

🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

40% dos médicos apresentam quadros de doença mental

(Reprodução: Imagem editada com IA)

Quase 40% dos médicos no Brasil enfrentam algum tipo de doença mental, segundo um estudo realizado pelo Research Center da Afya. Depressão, ansiedade e burnout estão entre as principais condições que afetam esses profissionais, especialmente mulheres e médicos mais jovens. Embora tenha havido uma leve melhora em comparação com 2022, os números ainda são alarmantes: 49,6% dos médicos entre 25 e 35 anos lidam com problemas de saúde mental.

📊 Ansiedade e burnout na linha de frente. A ansiedade é a condição mais frequente, afetando 33,5% dos médicos. Desses, mais de um quarto já está em tratamento, mas 6,4% sequer procuraram ajuda.

  • O burnout também preocupa, com 27,2% dos médicos apresentando sintomas, sem diagnóstico ou tratamento. A carga horária intensa — uma média de 57,2 horas por semana para quem sofre de burnout — é apontada como uma das principais causas do esgotamento.

Ações para quebrar o estigma. Durante o Setembro Amarelo, a Afya lançou a campanha "Está tudo bem?", voltada para apoiar a saúde mental dos médicos. Através das plataformas digitais da empresa, médicos e estudantes podem acessar ferramentas de apoio psicológico gratuito. A ideia é incentivar esses profissionais a buscar ajuda e desmistificar o estigma em torno das doenças mentais.

🔍 Entendendo o cenário. O estudo foi realizado entre julho e agosto de 2024, com a participação de mais de 2 mil médicos de diversas especialidades. A pesquisa traz um panorama detalhado e preocupante, reforçando a importância de iniciativas que promovam um ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor para esses profissionais que tanto cuidam da saúde da população.

MAIS SOBRE BRASIL

São Paulo no topo mundial da poluição

(Reprodução: TV Globo)

São Paulo, a maior metrópole brasileira, está enfrentando um grave problema de poluição do ar. Nesta semana, a cidade foi classificada como a mais poluída do mundo, de acordo com o ranking da agência suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar em tempo real

  • A capital paulista superou cidades como Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo. O índice, que é atualizado a cada hora, coloca São Paulo na liderança com uma qualidade de ar considerada "não saudável" para seus habitantes.

🔥 Incêndios pioram a situação. O aumento dos incêndios no estado de São Paulo tem contribuído para o agravamento da qualidade do ar. Segundo a Defesa Civil, nove cidades estão com focos ativos de incêndio, o que eleva ainda mais os níveis de poluição. 

  • 📊 De janeiro a agosto de 2024, o número de focos de calor cresceu impressionantes 386% em relação ao mesmo período do ano anterior. As autoridades já prenderam 15 pessoas por queimadas ilegais em vegetações.

Poluição global em destaque. Além da capital paulista, a lista inclui cidades como Jakarta, Dubai e Pequim, todas enfrentando graves problemas de poluição atmosférica. A IQAir divide a qualidade do ar em seis níveis, bom, moderado, não saudável para grupos sensíveis, não saudável, muito não saudável e perigoso.

O alerta para a poluição e a crise ambiental no estado de São Paulo evidencia a urgência de ações preventivas. A Defesa Civil enfatiza que práticas como queimar lixo ou jogar bitucas de cigarro em áreas verdes precisam ser eliminadas. 

Crianças e adolescentes têm mais probabilidade de morrer por armas de fogo do que por qualquer outra coisa

(Reprodução: Christian Monterrosa)

Infelizmente, as armas de fogo continuam sendo a principal causa de morte entre crianças e adolescentes nos Estados Unidos. Desde 2020, as armas superaram os acidentes de carro como a principal causa de fatalidades, e os números são alarmantes. 

  • Em 2022, 18% das mortes infantis (de 1 a 18 anos) foram causadas por armas de fogo, resultando na perda de cerca de 3.500 vidas de jovens, ou aproximadamente cinco mortes para cada 100.000 crianças.

📊 Dados que chocam. Nenhum outro país comparável aos EUA vê as armas de fogo entre as quatro principais causas de mortalidade infantil. Esse dado vem da análise da KFF, destacando como a violência armada se tornou um grave problema de saúde pública para os jovens americanos.

🏫 Mais uma tragédia escolar. O recente tiroteio na Apalachee High School, em Winder, Geórgia, foi o 45º incidente em escolas só em 2024. A tragédia tirou a vida de dois alunos e dois professores, sendo o episódio mais mortal desde o massacre de 2023 na The Covenant School, em Nashville, Tennessee.

Setembro Amarelo: a história que inspirou a prevenção ao suicídio

(Reprodução: Yellow Ribbon)

Em 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, destaca-se a campanha do Setembro Amarelo no Brasil, surgida em 2015. A cor amarela foi escolhida como símbolo de conscientização, mas poucos sabem que essa campanha tem raízes profundas. Ela foi inspirada pelo trágico suicídio de Mike Emme, jovem norte-americano que, em 1994, aos 17 anos, restaurou um Ford Mustang 1968 pintado de amarelo 💛.

No velório de Mike, amigos distribuíram cartões com a mensagem: "Se precisar, peça ajuda". Esse simples gesto evoluiu para o Yellow Ribbon (Laço Amarelo), movimento que já salvou milhares de vidas. Mike era um jovem cheio de vida, engraçado, que tocava trompete e estava prestes a conquistar sua faixa preta em TaeKwonDo. Contudo, seus problemas emocionais passaram despercebidos por familiares e amigos, levando à sua morte precoce. 

Seus pais, Dale e Dar Emme, ainda carregam a dor da perda, mas transformaram esse sofrimento em um legado de prevenção. O programa Yellow Ribbon está presente em 47 países, ensinando que não há vergonha em pedir ajuda. 

Aproveitando o gancho: se você está lutando, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio 24 horas, todos os dias, através de telefone, e-mail ou chat. Não hesite: peça ajuda.

A escassez de profissionais de saúde nos EUA pode acontecer até 2028 

(Reprodução: Imagem editada com IA)

Até 2028, o sistema de saúde dos EUA pode enfrentar uma falta de 0,6% de profissionais de saúde em relação à demanda projetada. Essa escassez não será uniforme em todo o país, com alguns estados sendo mais afetados do que outros. Nova York, por exemplo, está entre os mais vulneráveis, com uma lacuna de mais de 4% entre oferta e demanda. No entanto, em estados como Califórnia e Texas, o cenário é mais otimista, com um excedente de trabalhadores previsto.

📉 Estados em risco. A análise da Mercer indica que 33 dos 50 estados estarão com déficit de profissionais de saúde. Tennessee, com uma falta de 4,9%, lidera a lista, seguido por Nova York (4,1%) e Oklahoma (3,7%). Enquanto isso, Nova Jersey, Tennessee, Geórgia e Flórida também podem enfrentar desafios significativos, com uma falta projetada de mais de 10.000 trabalhadores em cada estado. No outro extremo, estados como Dakota do Norte terão um excedente de quase 5% de profissionais de saúde.

🏥 Demanda em alta, oferta em queda. A combinação de esgotamento contínuo dos trabalhadores e o envelhecimento da população, que aumenta a demanda por cuidados, é o que está alimentando essa crise. A pandemia de COVID-19 intensificou essa pressão, especialmente entre grupos mais vulneráveis, como mulheres, trabalhadores com filhos e minorias raciais. 

  • Apesar de um excedente de 30.000 enfermeiros registrados (RNs) até 2028, muitos estados continuarão a lutar para preencher vagas em cargos de auxiliares de enfermagem e outros profissionais de suporte.

🔍 O impacto no cuidado domiciliar. Os cuidados domiciliares e pessoais, que representam quase um quarto da força de trabalho de saúde, devem apresentar um excedente de 48.000 trabalhadores a nível nacional. No entanto, a escassez persistirá em estados como Carolina do Norte e Nova York. 

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