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11 dias sem dormir
⏰ ''Salto'' de envelhecimento humano; 🧠 Dieta anti-inflamatoria contra a demencia; 📈 Marcapasso cerebral contra Parkinson;


☕️ Bom dia, leitor(a). Nenhuma terapia pode alterar os fatos de uma vida. Mas pode alterar a narrativa dos fatos, e isso talvez seja algo decisivo.
Destaques da 358º edição:
⏰ ''Salto'' de envelhecimento humano;
🧠 Dieta anti-inflamatória contra a demência;
📈 Marcapasso cerebral contra Parkinson;
🩺 Quem acompanha lidera a saúde!

Humanos têm 'salto' de envelhecimento aos 44 e 60 anos

(Reprodução: The DNA News/ IA)
Um novo estudo publicado na Nature Aging desafia a ideia de que o envelhecimento é um processo linear. A pesquisa revela que o corpo humano enfrenta dois momentos de mudanças moleculares, um aos 44 anos e outro aos 60.
Pesquisadores da Stanford descobriram que, nessas idades, há um aumento ou uma diminuição drástica de muitas moléculas e microrganismos no corpo e é isso que pode estar relacionado ao ''salto'' envelhecimento.
Essas mudanças podem ter implicações significativas na saúde, principalmente em relação a doenças cardiovasculares e ao sistema imunológico.
O estudo. Os cientistas monitoraram mais de 135 mil moléculas e microrganismos em participantes entre 25 e 75 anos, coletando dados de sangue e outras amostras biológicas. Eles observaram que cerca de 81% das moléculas analisadas sofreram flutuações significativas em determinadas idades. Essas descobertas indicam que as mudanças não ocorrem de forma gradual, mas sim em picos.
Em pessoas na faixa dos 40 anos, houve mudanças marcantes nas moléculas ligadas ao metabolismo de álcool, cafeína e lipídios, além de alterações relacionadas a doenças cardiovasculares, pele e músculos.
Aos 60 anos, essas mudanças se concentraram mais no metabolismo de carboidratos e cafeína, função renal, regulação imunológica e nas mesmas áreas da pele e músculos.
Embora os resultados sejam promissores, eles têm limitações. A equipe de pesquisa destaca a importância de replicar esses achados em populações maiores e diversas. Além disso, sugerem um acompanhamento mais longo, abrangendo uma faixa etária maior. O estudo aponta ainda que fatores comportamentais, como aumento no consumo de álcool, podem influenciar.
DOBRADINHA DE CIÊNCIA
Dieta anti-inflamatória reduz risco de demência, mesmo em pessoas com doenças crônicas
A sua dieta pode desempenhar um papel crucial na prevenção da demência, mesmo se você tiver Diabetes tipo 2 ou doenças cardíacas. Um estudo recente revelou que seguir uma dieta anti-inflamatória (rica em grãos integrais, frutas e vegetais) pode reduzir o risco de demência em até 31%.
Os resultados mostraram que os indivíduos que consumiram alimentos anti-inflamatórios apresentaram menos sinais de neurodegeneração e lesão vascular no cérebro em comparação com aqueles que seguiram uma dieta inflamatória — rica em carnes processadas e alimentos ultraprocessados.
📑 A pesquisa, publicada na JAMA Network Open, analisou mais de 84.000 adultos com mais de 60 anos ao longo de 15 anos.
🔎 Detalhes. Embora o estudo não possa provar causa e efeito, especialistas acreditam que uma dieta rica em nutrientes anti-inflamatórios pode melhorar a saúde cerebral e retardar a progressão da demência.
Motivo? A ingestão de alimentos como frutas e vegetais, que contêm vitaminas e flavonóides, pode neutralizar radicais livres e reduzir a inflamação no corpo.


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Marcapasso cerebral reduz sintomas de Parkinson em testes

(Reprodução: Shutterstock)
Um dispositivo capaz de aliviar instantaneamente os sintomas da doença de Parkinson ao ajustar-se em tempo real às necessidades do cérebro. Esse é o potencial de um novo marcapasso cerebral adaptativo testado recentemente — que promete revolucionar o tratamento da doença.
Durante os testes, o marcapasso adaptativo conseguiu reduzir os sintomas de Parkinson, como tremores e rigidez muscular, em até 50% em quatro pacientes que lutavam contra a doença há pelo menos uma década, diz o estudo publicado na revista Nature.
Diferente dos métodos tradicionais que aplicam correntes elétricas constantes e podem causar efeitos colaterais, este sistema ajusta a estimulação com base na atividade cerebral em tempo real, oferecendo alívio mais eficaz e personalizado.
🧱 Apesar dos resultados… A tecnologia não altera a progressão da doença e enfrenta desafios para se tornar amplamente disponível. A acessibilidade para pacientes e a necessidade de treinamento especializado para os médicos são barreiras significativas.
O futuro dessa tecnologia é promissor, com a possibilidade de beneficiar também pessoas com depressão, dor crônica e transtorno obsessivo-compulsivo. Espera-se que o marcapasso adaptativo ganhe mais espaço nos próximos dois anos, à medida que as empresas buscam aprovação regulatória e expandem a disponibilidade do dispositivo.
🧠 Desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia-São Francisco, o dispositivo também utiliza inteligência artificial para personalizar a estimulação cerebral, oferecendo uma solução mais dinâmica do que os tratamentos convencionais.

Um jovem rapaz bateu o recorde de ficar acordado por 11 dias

(Reprodução: Shutterstock)
O streamer australiano Norme quebrou o recorde mundial de maior tempo sem dormir, permanecendo acordado por 11 dias — um total de 264 horas e 56 minutos.
O desafio, transmitido ao vivo, levou até à necessidade de chamar ambulâncias, e agora ele está compartilhando os efeitos do sono após o recorde em uma nova transmissão.
Apesar do feito impressionante, a privação de sono é extremamente prejudicial à saúde, causando desregulação hormonal. Além disso, o sistema imunológico enfraquecido aumenta a vulnerabilidade a infecções e pode predispor a doenças cardiovasculares, como hipertensão e diabetes.
Os efeitos. 24 horas sem descanso causam sintomas semelhantes aos de consumo de álcool, como a irritabilidade e a dificuldade de concentração. Após 36 horas, a necessidade de sono torna-se urgente, e pode-se experienciar pequenos cochilos involuntários. Com 48 horas, alucinações e uma deterioração da função cognitiva são comuns, enquanto 72 horas sem dormir trazem maior tendência a cochilos involuntários. Após 96 horas, a distorção da percepção da realidade e psicose podem ocorrer, sendo geralmente aliviadas após um período adequado de descanso.
Em 1997, um caso parecido aconteceu e o recordista por ficar mais de 11 dias sem dormir está sofrendo com sequelas. Esse caso é um dos mais famosos por conta da ampla documentação feita à época.

(Reprodução: Getty)